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Benfica vai emitir 40 milhões em dívida para o retalho. Paga juro de 4,6%
O Benfica vai emitir 40 milhões de euros em obrigações a retalho. O prazo de subscrição decorre entre 16 e 27 de maio.
O Benfica vai emitir 40 milhões de euros em obrigações tanto para investidores institucionais como de retalho. A oferta é distribuída por oito milhões de títulos com maturidade de três anos e o clube vai pagar um juro anual de 4,6%, segundo a informação avançada à Comissão de Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).
"O presente documento (‘Prospeto’) refere-se à oferta pública de subscrição (‘Oferta’) e admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon (‘Euronext Lisbon’), gerido pela Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (‘Euronext’), de até 8.000.000 de obrigações a emitir pela Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD (‘Benfica SAD’ ou ‘Emitente’), com o valor nominal unitário de 5 euros e global inicial de até €40.000.000", pode ler-se no documento enviado ao regulador.
Para já, está planeada a emissão de oito milhões de títulos. Mas consoante o ritmo de procura e o apetite dos investidores, o valor da oferta ainda poderá ser aumentado, por opção do Benfica, através de adenda ao prospeto até 24 de maio.
Para atrair investidores, o Benfica subiu o juro face a anteriores emissões. "A taxa de juro das Obrigações Benfica SAD 2022-2025 é fixa e corresponde a 4,60% ao ano (taxa anual nominal bruta, sujeita ao regime fiscal em vigor). Cada investidor poderá solicitar ao intermediário financeiro a que pretenda transmitir a sua ordem de subscrição a simulação da rentabilidade líquida, após impostos, comissões e outros encargos", explica a nota.
Em termos líquidos de impostos, trata-se de 3,336%. Os juros desta linha de obrigações são calculados tendo por base meses de 30 dias cada, num ano de 360 dias, e vencer-se-ão semestral e postecipadamente, nas datas de pagamento de juros, até ao reembolso das Obrigações Benfica SAD 2022-2025. A primeira data é 1 de dezembro de 2022 e a última é a data do reembolso, ou seja, 1 de junho de 2025.
Caso as ordens de subscrição sejam superiores ao montante da oferta, serão satisfeitas com recurso a uma série de critérios de rateio. Em sentido contrário, no caso de a subscrição ficar incompleta, a oferta será considerada eficaz no montante de todas as ordens de subscrição a satisfazer após apuramento de resultados, não havendo por isso um valor mínimo.
Esta emissão é realizada pelo clube depois de em julho o Benfica ter colocado no mercado uma linha de obrigações, com maturidade até 2024, de 35 milhões de euros a uma taxa de juro fixa bruta de 4%. Esta foi a emissão obrigacionista com menos investidores e com o menor rácio de procura.
(Notícia atualizada às 20h08)