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BCP paga 3,375% em emissão de dívida a 3 anos

Banco liderado por Nuno Amado realizou esta quarta-feira uma emissão de dívida a três anos no valor de 500 milhões de euros, com os juros a serem de 3,375%. A procura foi superior em 450% à oferta, revela a instituição financeira.

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Um dia após ter revelado que mandatou cinco bancos de investimento para avaliar o interesse dos investidores numa eventual emissão de dívida obrigacionista não garantida pelo Estado, o Banco Comercial Português está a realizar uma emissão de dívida a três anos no valor de 500 milhões de euros.

 

O BCP confirmou a emissão de dívida a três anos – uma notícia avançada de manhã pela a agência Bloomberg – tendo acordado pagar uma taxa de 3,375%, de acordo com a informação enviada pelo banco para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Já a procura “excedeu em mais de 450% o montante da emissão”, adianta a mesma fonte.

 

“A procura angariada, que excedeu em mais de 450% o montante da emissão, e a rapidez de resposta, com expressão de procura excedentária praticamente desde o momento do anúncio público da operação, demonstraram de forma inequívoca a confiança do mercado no banco e a sua plena capacidade em aceder a esta importante fonte de financiamento”, acrescenta o BCP.

 

“Esta emissão consubstancia o regresso do Millennium bcp ao mercado de capitais de dívida, cerca de 4 anos após a última operação realizada, e insere-se na estratégia de financiamento do banco para os próximos anos”, adianta o comunicado.

 

As instituições mandatadas foram o Goldman Sachs, JPMorgan, Credit Suisse, Morgan Stanley e o próprio Millennium BCP, segundo a agência noticiosa Bloomberg.

 

Esta será a primeira emissão de dívida não garantida pelo Estado a realizar pelo BCP desde Janeiro de 2010, período em que os mercados de dívida ainda estavam abertos para os bancos portugueses e também para o Estado.  

 

O banco procura regressar ao mercado de financiamento sem garantias do Estado depois de ver a sua cotação apreciar 16% desde o início do ano. Parte da subida foi desencadeada pela apresentação dos resultados de 2013, com os títulos a dispararem mais de 11% após a divulgação das contas anuais.

 

Em Outubro, o BES marcou o “regresso ao mercado” do sector financeiro português com a emissão de 750 milhões de euros em obrigações de longo prazo sem garantias. A operação registou uma procura superior à oferta e o banco repetiu a operação, por duas vezes, já em Janeiro.

 

Na segunda das emissões que ocorreram este ano, o BES emitiu obrigações no valor de 750 milhões de euros e superou o objectivo inicial de 500 milhões. O prémio (ou “spread”) de risco ficou em 285 pontos base e colocou a taxa de juro implícita das obrigações nos 4%.

 

As acções do BCP fecharam esta quarta-feira a cair 0,47% para 19,21 cêntimos.

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