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BCP dispara 10% em sessão de fortes ganhos na banca europeia

As acções do banco liderado por Nuno Amado estão a subir há quatro sessões consecutivas. Valorizam quase 20% nesse período. O índice europeu do sector disparou 6,26% esta quarta-feira.

13 de Abril de 2016 às 17:14
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O BCP teve uma das maiores subidas no índice europeu do sector, que valorizou 6,26%. As acções do banco liderado por Nuno Amado valorizaram 10,03% para 3,73 cêntimos esta quarta-feira, numa sessão marcada pelos fortes ganhos das entidades financeiras europeias. Nas últimas quatro sessões, os títulos do BCP acumulam já uma valorização de 19%, impulsionados não só pela melhoria da percepção de risco sobre o sector europeu, mas também por o banco ser visto como um dos beneficiados pelo acordo entre os dois maiores accionistas do BPI.

Além do BCP, outros bancos europeus que foram pressionados pelo mercado nos primeiros meses de 2016 registaram subidas expressivas na sessão. O Monte dei Paschi e a Banca Popolare dell'Emilia Romagna subiram mais de 11%. No caso dos bancos italianos, as acções foram beneficiadas pelo anúncio de criação de um fundo para assegurar aumentos de capital no sector e comprar activos problemáticos através de instrumentos titularizados.

Mas houve mais entidades com ganhos expressivos. O britânico Standard Chartered subiu 10,64% e o Deutsche Bank avançou 9,91%. Nos EUA, a banca também negoceia em terreno positivo. O JP Morgan apresentou uma quebra dos resultados, mas conseguiu números acima do esperado pelos analistas. As acções do banco norte-americano seguem a valorizar 4,52%.

O efeito BPI

O BCP registou a quarta sessão seguida de subidas. E leva já uma valorização de 19% nesse período. Além da recuperação da banca europeia, a sequência positiva das acções é também ajudada pelo entendimento entre o CaixaBank e Isabel dos Santos em relação ao BPI.

"O BCP está a subir em simpatia pelo acordo e na expectativa que Isabel dos Santos compre uma participação no banco", defendeu Pedro Lino, administrador da Dif Broker. Também Pedro Ricardo Santos tinha referido, após ter sido divulgado o acordo entre o CaixaBank e Isabel dos Santos, que o BCP poderia ser beneficiado com este efeito.

O gestor da XTB disse, numa nota, que apesar das acções do BPI estarem suspensas, "o sentimento é bastante positivo e está espelhado no comportamento do BCP". Explica que o banco liderado por Nuno Amado "é beneficiado na medida em que aumentam as perspectivas de uma entrada de capital no banco, favorecendo as perspectivas de devolução antecipada" do dinheiro injectado.

Apesar da recuperação das últimas sessões, as acções do BCP ainda estão longe de superar as perdas que se seguiram às propostas de fundir 193 acções numa só e de solicitar aos accionistas que abdiquem do direito de preferência em aumentos de capital, medida que abre a porta à entrada de novos investidores.

Antes dessas propostas, as acções negociavam a 4,28 cêntimos. E mesmo com a recuperação das últimas sessões, desvalorizam 12,85% desde essa altura. Desde o início do ano, a queda é de 23,68%.

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