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Barclays lança PPR com filosofia de "target fund"

Se tem entre 40 e 45 anos, o banco liderado por Rui Semedo está de olho em si. O Barclays lançou um Plano de Poupança Reforma dinâmico, adoptando uma política de investimento que varia ao longo da vida. Chama-se PPR Acções Life Path.

09 de Novembro de 2006 às 14:17
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Se tem entre 40 e 45 anos, o banco liderado por Rui Semedo está de olho em si. O Barclays lançou um Plano de Poupança Reforma dinâmico, adoptando uma política de investimento que varia ao longo da vida. Chama-se PPR Acções Life Path.

Começa com uma forte exposição a acções (o máximo permitido por lei 55%), que se reduz à medida que o aforrador se aproxima da data do fim do fundo - predeterminada num caso para 2020 e, no outro, para 2025. Os fundos privilegiam a segurança: assim que a idade avança, torna-se mais conservador, passando a investir em produtos com menos risco, caso de obrigações e liquidez.

À primeira vista, estes PPR do Barclays parecem ser uma "cópia" dos famosos "target funds", que gerem o dinheiro de acordo com a teoria financeira: ou seja, quanto mais tempo tem para investir, dez anos por exemplo, mais o aforrador deve expor-se às acções, pois conseguirá recuperar caso a bolsa entre em colapso. Pelo contrário, se a idade não joga a seu favor, as obrigações e a liquidez são melhores apostas. O que os diferencia? Os "target funds" não têm benefícios fiscais e a gestão não é tão personalizada. Já este novo produto do Barclays é um PPR, pelo que permite aproveitar os benefícios fiscais, reintroduzidos este ano pelo Governo, e que permitem abater até 400 euros à colecta.

O montante mínimo mensal que o cliente terá de investir são 100 euros com isenção de subscrição. Usufrui do benefício fiscal à entrada (dedutível 20% à colecta) e à saída, devido a uma tributação reduzida. Os pontos fracos são um período de imobilização longo, pois devido a motivos legais só poderá levantar o dinheiro em caso de desemprego prolongado, reforma, incapacidade permanente ou doença grave.

Independentemente de subscrever um FPR ou um PPR é fundamental pensar na sua reforma. Segundo o Relatório Sobre a Sustentabilidade da Segurança Social (SS), anexado ao OE2007 o efeito total das medidas da reforma na SS no PIB será menos 2,8%. O primeiro saldo negativo será em 2035, ano em que o Fundo de Estabilização Financeira terá acumulado activos para sobreviver ao défice até 2050.

Sabe o que significa? O nosso sistema funciona como "pay as you go": os novos pagam as reformas dos mais velhos e, como a população envelhece a passos largos, poderá não haver trabalhadores suficientes no activo a trabalharem para si...

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