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Banif inicia cobertura da Sonaecom com recomendação de «neutral»

As acções da Sonaecom negoceiam actualmente num cenário em que são pressionadas pela forte competição e limitações do regulador mas em que, ao mesmo tempo, beneficiam da possibilidade de vir a estar envolvidas num processo de consolidação, dizem os analis

03 de Janeiro de 2006 às 18:45
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As acções da Sonaecom negoceiam actualmente num cenário em que são pressionadas pela forte competição e limitações do regulador mas em que, ao mesmo tempo, beneficiam da possibilidade de vir a estar envolvidas num processo de consolidação, dizem os analistas do Banif, que atribuem uma recomendação de «neutral» aos títulos.

O preço-alvo dado pela casa de investimento à empresa de telecomunicações é de 4,15 euros, o que representa um potencial de valorização de 12%. O que vai dando algum suporte ao título, dizem os analistas Teresa Martinho e Mário Furriel, é o lado especulativo da acção «que tende a aparecer de vez em quando». De outro modo a recomendação seria negativa a curto prazo, refere o «research» divulgado pelo Banif.

Isto porque a casa de investimento considera que as acções deverão ser penalizadas pela deterioração da economia portuguesa, pelas fracas perspectivas para o sector das telecomunicações e pelas restrições impostas pelo regulador.

Como potenciais catalisadores estão o lançamento da oferta «triple play», a possibilidade da empresa ser um alvo de aquisição e a possibilidade de uma reestruturação que leve as participações da EDP e da Parpública na Optimus transformarem-se numa participação directa na Sonaecom.

«Há alguma expectativa de que a oferta de serviços de ‘pay-tv’ possa tornar-se num importante ‘driver’ do crescimento das receitas dos operadores de linha fixa, que podem assim compensar o esperado declínio no negócio de voz», lê-se no «research».

Quanto à possibilidade da Sonaecom ser um alvo de aquisições, os analistas dizem que isto decorre dos desafios que o sector das telecomunicações enfrenta nos próximos tempos, como o aumento da concorrência, a maturidade das taxas de penetração no mercado, o surgimento de tecnologias como a comunicação por voz via Internet e as pressões dos reguladores.

«Todos estes desafios representam uma séria ameaça para o sector e isto, junto com o esperado fim de ‘golden shares’ e participação estatal, poderá abrir a porta a movimentos de consolidação. Só empresas com bons fundamentais e grande dimensão serão capazes de sobreviver. Neste cenário, vemos a Sonaecom como potencial alvo, o que dá consistência ao lado especulativo da acção», refere o Banif.

As acções da Sonaecom encerraram a cair 0,27% para os 3,68 euros.

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