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Bancos dizem que imposto sobre transacções ameaça retoma da economia

Os bancos europeus criticaram o imposto que Merkel e Sarkozy anunciaram ontem. Dizem que este não contribui para resolver a crise europeia e que será transferido para os clientes, o que pode penalizar a retoma da economia.

17 de Agosto de 2011 às 16:48
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“A indústria de serviços financeiros não devia ser vista como um fonte adicional de receita fiscal mas como uma parte essencial de uma economia estável e sustentável”, disse a Associação de Mercados Financeiros na Europa. Um “imposto seria um travão ao crescimento económico”, refere ainda o comunicado, citado pela Bloomberg.

O Governo britânicos e o sueco distanciaram-se dos planos apresentados ontem pelos líderes das duas maiores economias da Europa. O porta-voz da associação de banqueiros britânica, Brian Mairs, diz que esse imposto seria, à semelhança do imposto de selo que já existe no país, transferido para os clientes.

Para o responsável o imposto só pode ser introduzido se for uma medida concertada globalmente já que, de outra forma, vai provocar “distorções” nos mercados financeiro.

O Tesouro britânico disse que se o imposto for introduzido por apenas alguns países, o que vai acontecer é que as transacções abrangidas pelo imposto serão, simplesmente, transferidas para os países onde o imposto não exista.

A medida apresentada ontem pela chanceler alemã e pelo presidente francês destinava-se a ser introduzida em toda a Europa e vai ainda enfrentar a oposição do Governo britânico. Medidas de natureza fiscal só podem ser adoptadas em unanimidade, refere a Bloomberg.

“Sem detalhes práticos em termos de âmbito e de implementação isto deve ser tratado como retórica política, por enquanto”, disse o analistas do Oriel Securities, Mike Trippitt, à agência noticiosa Bloomberg. “A implementação é difícil”, acrescentou.

O ministro das Finanças da Suécia, Peter Norman, disse que o imposto não deverá ajudar os esforços europeus para acalmar os mercados e, também, que a sua implementação teria de ser global. “Acho difícil saber como é que um imposto sobre transacções na União Europeia teria algum efeito positivo”, disse o ministro.

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