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Banco de Inglaterra coloca taxas de juro no nível mais elevado desde 2008

O Banco de Inglaterra optou por realizar um aumento dos juros diretores em 25 pontos base, colocando a taxa de referência em 4,25%. Existe ainda possibilidade de uma paragem em maio.

Henry Nicholls / Reuters
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Depois do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal (Fed) norte-americana, também o Banco de Inglaterra (BoE) anunciou uma subida das taxas de juro em 25 pontos base, colocando a taxa de referência nos 4,25%, o valor mais elevado em 14 anos, mais precisamente desde outubro de 2008.

De acordo com um comunicado publicado esta quinta-feira, dos nove membros que compõem o comité de política monetária do BoE, sete votaram a favor da subida, incluindo o governador Andrew Bailey, e apenas dois queriam manter a taxa de referência nos 4%.

Mesmo com a recente turbulência vivida no setor da banca mundial, primeiro com o colapso do Silicon Valley Bank e depois com a fusão do Credit Suisse com o UBS, o banco espera que "o crescimento mundial seja mais forte do que o projetado em fevereiro e a inflação 'core' nas economias avançadas tem permanecido elevada".

"O comité considera que o sistema bancário do Reino Unido mantém capital robusto e fortes posições de liquidez e está bem posicionado para continuar a apoiar a economia numa ampla gama de cenários económicos, incluindo um período de elevadas taxas de juro", esclarecem ainda, sobre a robustez do sistema financeiro britânico.

A autoridade monetária espera uma "queda significativa" da inflação no segundo trimestre de 2023, sendo que nos serviços deve permanecer alta, embora o crescimento dos salários deva diminuir a uma velocidade mais rápida que o projetado em fevereiro.

Relativamente ao PIB, a instituição liderada por Andrew Bailey prevê um crescimento ligeiro no segundo trimestre do ano, que compara com um declínio de 0,4% previsto no relatório de fevereiro. Uma das justificações é a extensão da fixação dos preços da energia até junho, o que poderá apoiar os rendimentos das famílias.

Para os analistas do ING, "o banco está a manter as opções em aberto", dado que tal como em fevereiro, indica que pode subir ainda mais as taxas de juro, caso "a inflação continue a mostrar sinais de persistência".

"A nossa leitura é que os responsáveis [do BoE] são menos dependentes de mudanças de mês a mês nas estatísticas do que a Reserva Federal norte-americana e o Banco Central Europeu", optando por uma visão a um nível mais elevado, a nível governativo, sobre a fixação de preços, explicam os responsáveis do banco neerlandês.

"Assumindo que estas tendências vão continuar, assumimos que uma pausa em maio é o cenário mais provável", rematam.
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