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Bancos centrais não olham para criptomoedas como possíveis reservas de valor

Um estudo do UBS mostra que os bancos centrais estão céticos quanto à possível consideração da bitcoin como resevra de valor. 85% diz que não espera que substitua o ouro.

A bitcoin tem vivido um ano atribulado, com variações de preços robustas.
Reuters
07 de Julho de 2021 às 19:16
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Os bancos centrais não estão a olhar para as maiores criptomoedas, como a bitcoin ou a ether, como substitutas do ouro enquanto ativo de refúgio, mas estão otimistas com o futuro destes ativos digitais, numa altura em que os reguladores estão a tentar adaptar-se à crescente procura pelas criptomoedas, de acordo com um estudo do banco UBS. 

Nesse mesmo estudo, citado pelo Financial Times, 85% dos gestores dizem que não esperam que as criptomoedas substituam o metal precioso nas suas reservas em moeda estrangeira. Mais de um quarto dos entrevistados disseram que a bitcoin e os seus pares tinham potencial de investimento como ativos não correlacionados, mas 57% disseram não esperar que as criptomoedas tenham um impacto significativo nas suas reservas.

O estudo surge numa altura em que muitos investidores institucionais estão a comprar bitcoins para ter nos seus balanços e como forma de investimento. No total, existem 34 empresas cotadas que têm esta cripto na sua posse e que juntas guardam mais de 213 mil bitcoins. Ao preço aproximado da sessão de ontem, o montante total ascende aos 7,18 mil milhões de dólares. Todas juntas detêm apenas 1,016% de todas as moedas em circulação.

A empresa que detém mais bitcoins no seu património é a norte-americana MicroStrategy, com mais de 105 mil bitcoins, que custaram 2,71 mil milhões de dólares. A fé do seu líder, Michael Saylor, no futuro da moeda digital é de tal ordem que a empresa se endividou em 400 milhões de dólares para comprar mais unidades no início deste mês.

Mas o sentimento na banca é mais cauteloso, numa altura em que muitos reguladores tentam, de forma indireta, meter mão ao avanço das criptomoedas. O caso mais recente foi o escrutínio sobre a Binance. A lista de países que negaram autorizações a subsidiárias que pertencem à casa-mãe Binance Holdings – como a Binance Markets Limited, em Londres – tem aumentado. Ao Reino Unido junta-se Canadá, Singapura e Japão.
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