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Arcus pondera vender parte de posição na Brisa

A Arcus Infrastructure Partners está a ponderar vender parte da sua participação na Brisa, avançou a Bloomberg.

Bruno simão
10 de Junho de 2019 às 17:58
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A Arcus Infrastructure Partners está a pensar alienar pelo menos parte da posição que detém na Brisa - Autoestradas de Portugal, avançou a Bloomberg citando fontes próximas do processo.

 

A Arcus, recorde-se, detém diretamente 19,09% do capital da Brisa e o grupo José de Mello 30%. Adicionalmente, a Arcus tem 45% da Tagus – a "joint-venture" com o grupo José de Mello – que controla os restantes 41% do capital.

 

Este fundo de infraestruturas está assim a trabalhar com consultores no sentido de avaliar uma potencial venda de parte da sua participação, segundo as mesmas fontes. Um potencial negócio poderia avaliar a empresa em pelo menos dois mil milhões de dólares, sublinharam.

 
Sobre o assunto, fonte oficial da Brisa disse ao Negócios que "não temos conhecimento e não comentamos temas de acionistas".

Uma eventual venda poderá atrair bastante interesse, desde as empresas de "private equity" até aos fundos de pensões, passando por investidores em infraestruturas.

 

"Não está ainda claro até que ponto outros acionistas da Brisa disponibilizarão também as suas ações para venda", referiu a Bloomberg.

 

A possível venda de parte da Brisa irá juntar-se aos 6,2 mil milhões de dólares em aquisições anunciadas em Portugal nos últimos 12 meses, de acordo com os dados compilados pela agência noticiosa.

 

A Brisa e as suas filiais operam 1.628 quilómetros de estradas em Portugal, incluindo uma rede de 17 autoestradas.

Recorde-se que a Arcus entrou na Brisa em 2011. Foi este fundo e o grupo José de Mello que lançaram a OPA sobre a Brisa a 29 de março de 2012, operação que retirou a empresa de bolsa no ano seguinte.

 

Desde que deixou de estar cotada em bolsa, em abril de 2013, e até agora, a Brisa entregou aos acionistas mais de 2,5 mil milhões de euros. Um valor que inclui o pagamento de dividendos, pelos resultados líquidos dos exercícios e através da distribuição de reservas, no valor de mais de 1,7 mil milhões de euros, mas também pela redução de capital para a libertação de 810 milhões de euros, numa operação que teve lugar em 2015, ano em que o grupo vendeu 30% da Brisa Concessão Rodoviária (BCR), que gere a sua concessão principal.

 

Ao Negócios, fonte oficial do grupo liderado por Vasco de Mello salientava recentemente que, no período que se seguiu à OPA lançada em 2012 pela Tagus, "distribuiu um montante médio em linha com o histórico verificável antes da OPA – um valor médio de 186 milhões de euros versus 175 milhões de euros".

 

No total, até agora – contabilizando os 151 milhões aprovados na assembleia-geral de 6 de maio passado – o grupo distribuiu 1.454 milhões de euros. A este montante soma-se um valor adicional – extraordinário – de 1.071 milhões de euros, que "duas vendas de ativos – 30% da BCR, em 2015, no valor de 767 milhões de euros, e da Northwest Parkway, em 2017, no valor de 304 milhões de euros – permitiram".

 
(notícia atualizada às 18:47)

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