Notícia
Acções da Parmalat disparam no regresso à negociação em bolsa
As acções da Parmalat dispararam no regresso à negociação em bolsa, dois anos depois do escândalo contabilístico que envolveu a maior empresa de lacticínios de Itália.
As acções da Parmalat dispararam no regresso à negociação em bolsa, dois anos depois do escândalo contabilístico que envolveu a maior empresa de lacticínios de Itália.
As acções iniciaram a sessão a negociar nos 3,15 euros cada uma, o que eleva para 5 mil milhões de euros o valor de mercado da empresa. Este valor está 51% acima do nível registado em 2002, altura em que os títulos da Parmalat atingiram o valor mais elevado antes de ser conhecido o escândalo.
Os credores da Parmalat acordaram trocar mais de 14 mil milhões de euros de dívidas por novas acções, resultando numa perda para os credores face ao valor das novas acções. Os títulos utilizados na troca da dívida foram avaliados em 1 euro o que significa que os investidores estão hoje a ver triplicar o valor das suas acções.
Os antigos gestores da empresa esconderam alegadamente prejuízos e dívidas, deturpando as suas contas, um episódio que deu origem a um dos maiores escândalos contabilísticos a nível europeu, envolvendo os responsáveis da empresa e bancos que financiavam a Parmalat.
Uma das razões que está a impulsionar os títulos da Parmalat está relacionada com uma possível compra por parte da segunda maior empresa de lacticínios de Itália, a Granarolo.
A Granarolo, a segunda maior empresa de lacticínios de Itália, pode oferecer cerca de 1,9 mil milhões de euros em dinheiro e em acções de outra empresa para comprar a Parmalat Finanziaria, segundo noticiou o jornal económico italiano «Milano Finanza» na terça-feira.
A subida dos títulos está relacionada também com a expectativa de que a companhia vai ganhar as acções interpostas em tribunal contra os bancos que estiveram envolvidos na ocultação dos prejuízos da empresa.