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Abertura dos mercados: Decisão do BCE volta a colocar Atenas sobre pressão
O BCE anunciou, ontem, que deixa de aceitar dívida pública da Grécia como colateral para o financiamento do sistema financeiro do país. Uma decisão que coloca Atenas, novamente, como centro das atenções dos mercados.
Atenas volta a estar sob o holofote dos mercados esta quinta-feira, 5 de Fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado, ontem, que deixa de aceitar a dívida pública da Grécia como colateral para o financiamento do sistema financeiro do país.
Esta decisão afecta todos os bancos do euro, mas é sobretudo penalizadora para os bancos gregos, pois são estes que têm mais dívida grega em carteira e os que se apresentam com maiores restrições de liquidez, devido à saída de fundos do sistema financeiro e aos receios gerados com as eleições que resultaram na vitória do Syriza.
Os efeitos no mercado não tardaram. Os principais índices japoneses encerraram a sessão em queda, pressionados também pelos resultados de algumas empresas, como a Hitachi, que ficaram abaixo das estimativas dos analistas.
O Topix recuou 0,49% para 1.410,11 pontos enquanto o Nikkei desceu 0,98% para 17.504,62 pontos.
No mercado das matérias-primas, o petróleo negoceia em queda pela segunda sessão consecutiva, depois de ter sido divulgado, ontem, que as reservas de crude dos Estados Unidos voltaram a subir.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nove Iorque, cai 1,03% para 47,95 dólares enquanto o Brent, negociado em Londres, perde 1,07% para 53,58 dólares.
Na semana passada, as reservas de crude dos Estados Unidos aumentaram em 6,3 milhões de barris para um total de 413,06 milhões, o nível mais elevado desde que se iniciaram os registos, em 1982. O número é superior ao esperado pelos analistas, que antecipavam um aumento de apenas 3,25 milhões de barris.
"Se o mercado estava à procura de uma justificação para continuar a série de subidas, certamente não foram os dados" sobre as reservas, afirmou Sal Umek, associado do instituto de gestão da energia dos Estados Unidos, em declarações à Reuters.