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Abertura dos mercados: Decisão do BCE volta a colocar Atenas sobre pressão

O BCE anunciou, ontem, que deixa de aceitar dívida pública da Grécia como colateral para o financiamento do sistema financeiro do país. Uma decisão que coloca Atenas, novamente, como centro das atenções dos mercados.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
05 de Fevereiro de 2015 às 07:52
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Atenas volta a estar sob o holofote dos mercados esta quinta-feira, 5 de Fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado, ontem, que deixa de aceitar a dívida pública da Grécia como colateral para o financiamento do sistema financeiro do país.

 

Esta decisão afecta todos os bancos do euro, mas é sobretudo penalizadora para os bancos gregos, pois são estes que têm mais dívida grega em carteira e os que se apresentam com maiores restrições de liquidez, devido à saída de fundos do sistema financeiro e aos receios gerados com as eleições que resultaram na vitória do Syriza.

 

Os efeitos no mercado não tardaram. Os principais índices japoneses encerraram a sessão em queda, pressionados também pelos resultados de algumas empresas, como a Hitachi, que ficaram abaixo das estimativas dos analistas.

 

O Topix recuou 0,49% para 1.410,11 pontos enquanto o Nikkei desceu 0,98% para 17.504,62 pontos.

 

No mercado das matérias-primas, o petróleo negoceia em queda pela segunda sessão consecutiva, depois de ter sido divulgado, ontem, que as reservas de crude dos Estados Unidos voltaram a subir.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nove Iorque, cai 1,03% para 47,95 dólares enquanto o Brent, negociado em Londres, perde 1,07% para 53,58 dólares.

 

Na semana passada, as reservas de crude dos Estados Unidos aumentaram em 6,3 milhões de barris para um total de 413,06 milhões, o nível mais elevado desde que se iniciaram os registos, em 1982. O número é superior ao esperado pelos analistas, que antecipavam um aumento de apenas 3,25 milhões de barris.

 

"Se o mercado estava à procura de uma justificação para continuar a série de subidas, certamente não foram os dados" sobre as reservas, afirmou Sal Umek, associado do instituto de gestão da energia dos Estados Unidos, em declarações à Reuters.

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