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Abertura dos mercados: Bolsa e petróleo avançam, libra cai pelo quarto dia

O PSI 20 abriu em alta, em linha com a Europa, a beneficiar de ganhos no petróleo e de um possível ritmo mais lento do aumento de juros nos EUA. A libra e a bolsa de Londres caem em dia crucial para o "Brexit".

18 de Fevereiro de 2016 às 08:40
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,2% para 4.782,03 pontos

Stoxx 600 ganha 0,22% para 329,50 pontos

Nikkei valorizou 2,28% para 16.196,8 pontos 

"Yield" de Portugal a dez anos sobe 1,4 pontos base para 3,49%

Euro avança 0,12% para 1,11 dólares

Petróleo sobe 0,64% para 34,72 dólares por barril

  

Fed e petróleo dão segundo dia de ganhos às bolsas

A recuperação dos preços do petróleo e o fecho em alta de Wall Street na quarta-feira sustentado pelas actas da Fed, mais prudentes quanto ao ritmo de aumento de juros nos EUA, levou as principais praças asiáticas a terreno positivo, estendendo o efeito ao velho continente.

 

O PSI 20 soma pela segunda sessão, com os títulos da Pharol e da Mota Engil entre os principais ganhos. A Corticeira Amorim ganha 1,67% para 5,85 euros depois de ter alcançado em 2015 lucros superiores a 50 milhões de euros.

 

As acções europeias abriram com ganhos ligeiros, com a Vodafone a cair 0,62% depois de anunciar a emissão de 2,9 mil milhões de libras em obrigações convertíveis. Os papéis da KLM/Air France disparam quase 7% após anunciar os primeiros lucros desde 2010.

 

A praça londrina é, a par com a de Milão, dos únicos pontos vermelhos nas bolsas – recua 0,5% em dia de Conselho Europeu que deverá ser crucial para manter o Reino Unido na União Europeia.

 

Juros de Portugal com agravamento ligeiro

Os juros associados às principais maturidades das dívidas portuguesas seguem em ligeiro agravamento, em contraciclo com o que ocorre no resto das obrigações de países periféricos da Zona Euro.

 

O prémio de risco da dívida portuguesa a 10 anos em relação às "bunds" alemãs estabilizou nos 318,522 pontos base, em mínimos de mais de uma semana e aliviando das apreciações dos últimos dias.

 

Libra recua pela quarta sessão

A libra está em mínimos de mais de duas semanas, nos 1,42 dólares, acumulando a quarta sessão de depreciações, no dia em que o Conselho Europeu começa a analisar as propostas para evitar a saída do Reino Unido na União Europeia, o "Brexit". O euro regista os primeiros ganhos em cinco dias face à nota verde.

 

Irão sustenta ganhos no petróleo pela segunda sessão

O preço do barril de brent do Mar do Norte (referência para as aquisições de Portugal) experimenta a segunda sessão de ganhos, depois de ontem ter disparado mais de 7%.

 

Os sinais de apoio do Irão à estratégia de estabilização da produção de petróleo aos níveis de Janeiro (como acordado entre Arábia Saudita e Rússia) sustentam as valorizações, que também ocorrem em Nova Iorque, no caso do West Intermediate Texas (soma mais de 1%).

 

Apetite pelo risco faz recuar ouro

O maior apetite dos investidores pelo risco penaliza a cotação do ouro, que cede 0,31% para 1.207,6 dólares por onça. A leitura das actas da Reserva Federal – reveladas esta quinta-feira -, também aumenta a especulação de um ritmo mais lento para o aumento das taxas de juro nos EUA. A prazo, contudo, os analistas acreditam que esse ritmo mais lento penalizará o dólar e beneficiará o metal amarelo.

 

Destaques do dia

 

Reino Unido na UE: Empresas torcem pelo "sim" e preparam-se para o "não"

A esmagadora maioria dos empresários britânicos defende a manutenção do país na União Europeia, mas perante a evolução recente das sondagens – que revelam uma sociedade partida ao meio – aceleraram a preparação de planos de contingência.

 

"BCE pode privilegiar mais obrigações de Portugal, Espanha e Itália", diz Ciaran O'Hagan

O director de estratégia de dívida do Société Générale desdramatiza a possibilidade de o BCE abandonar a chave de capital nas compras de activos. E admite mesmo que a periferia, incluindo Portugal, poderá ser mais beneficiada.

 

Garantias do Governo tranquilizam "rating" da DBRS para Portugal

O Governo garantiu à agência canadiana que tomará mais medidas de consolidação, caso seja necessário. Mas a DBRS alerta para o risco das subidas de taxa de juro. E também de um eventual confronto com Bruxelas.

 

Lucros da Corticeira Amorim sobem 54% em 2015

A valorização do dólar permitiu à empresa obter um lucro superior a 50 milhões de euros no ano passado. 

 

O que vai acontecer hoje

 

  1. Reunião do Conselho Europeu, sobre o Reino Unido e refugiados.
  2. Banco Central Europeu publica relatos da reunião de política monetária de 21 de Janeiro. 


Sonae Indústria apresenta resultados do quarto trimestre de 2015

  1. Wal-Mart divulga resultados do quarto trimestre de 2015
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