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Abertura de mercados: Bolsas da Ásia descem de máximos de seis anos
A perspectiva de uma subida mais cedo do que o esperado dos juros nos Estados Unidos penalizou a Ásia, tal como já ontem tinha pressionado Wall Street. O petróleo perde terreno. O euro segue em ligeira alta.
As bolsas da Ásia estão a deslizar na última sessão da semana. Afastam-se do valor mais elevado dos últimos seis anos, de Junho de 2008, em que ontem tinham encerrado. A justificação vem do outro lado do Pacífico: a possibilidade de subida de taxas de juro até Março de 2015.
O MSCI Ásia Pacífico segue a recuar 0,3% para os 145,06pontos. Nove dos 10 sectores estão em quedas. Apesar de o índice se preparar para a sétima semana consecutiva de valorizações, o ganho desta semana será mais ligeiro.
Já ontem, Wall Street tinha encerrado em baixa e o motivo foi o mesmo que hoje penalizou a Ásia. O presidente da Reserva Federal de St. Louis, James Boullard, referiu a possibilidade de as taxas de juro de referência, em torno de zero desde a crise financeira, poderem subir antes do esperado, até ao primeiro trimestre do próximo ano.
Os investidores estão a recear a subida do custo do dinheiro na maior economia do mundo e daí que os mercados bolsistas estejam a cair.
Os índices japoneses destacaram-se nas desvalorizações, com o índice de preços no consumidor a acelerar em Maio ao ritmo mais elevado desde 1982 (3,4%). O Nikkei recuou 1,39% para 15.095 pontos ao passo que o Topix deslizou 0,81% e fechou nos 1.253,15 pontos. As bolsas australiana e sul-coreana acompanham essa tendência, ao contrário da neozelandesa, que ganha terreno.
Noutros mercados, o petróleo recua depois das subidas recentes causadas pela tensão no Iraque. Os contratos futuros de West Texas Intermediate caem 0,29% para 105,53 dólares por barril, ao passo que os contratos de Brent do Mar do Norte, negociados em Londres e referência para Portugal, cedem 0,24% para 112,94 dólares por barril.
O euro está a ganhar 0,12% para 1,3627 dólares.