As acções asiáticas caem mais de 3% e levam o índice de referência MSCI Ásia – Pacífico a registar a maior depreciação intradiária dos últimos 14 meses. A pressionar está essencialmente a divulgação de dados desanimadores relativos ao desemprego e novos receios relacionados com a crise orçamental na Europa.

O MSCI Ásia – Pacífico recua 3,3% para 109,70 pontos e prepara-se para registar a maior queda desde 30 de Março de 2009. A pressionar está o agravamento dos receios relativos à crise orçamental europeia e os receios de que a China tome medidas regulatórias que contrariem o ritmo de crescimento do país e atrase o ritmo da retoma global.

Na passada sexta-feira a Hungria anunciou que as suas finanças estão “numa situação muito grave”, segundo o porta-voz do governo Peter Szijjarto, que acrescentou que “não seria exagero” falar de risco de incumprimento. No dia seguinte, a Secretária de Estado Mihaly Varga disse que os comentário acerca de incumprimento foram “infelizes”.

“O que eu receio é que a volatilidade do euro provoque perturbações nos mercados financeiros, levando os investidores a reduzirem a exposição a activos de risco, incluindo acções”, disse o gestor de fundos da Société Générale em Tóquio Akio Yoshino à Bloomberg. “Podemos pensar que a Hungria está na mesma situação que a Grécia. Recordo-me de que o anúncio da Grécia quanto ao seu défice também não parecia uma grande coisa”.

Em Tóquio, o Nikkei desceu 3,84% para 9.520,80 pontos e o Topix deprecia 3,35% para 860,30 pontos. Os índices japoneses reflectem também a apreciação do iene face ao dólar e ao euro, levando o sector exportador a pressionar as acções nipónicas.

O S&P/ASX 200 declinou 2,9% e o Kospi da Coreia do Sul desvaloriza 2%. O Hang Seng de Hong Kong desce 2,4%.