O MSCI Ásia – Pacífico declinou 4,1% com apenas 17 das 1.018 cotadas que o integram a negociarem em alta. Desde o início da semana, o índice já perde 8,2%. A descida das acções asiáticas prolonga as quedas vividas ontem nos mercados dos EUA e da Europa, que foram penalizados por receios de abrandamento da economia norte-americana e pelos receios de risco de contágio da crise orçamental europeia a mais países da Zona Euro.

“Os investidores estão-se a aperceber de quão dramático foi o abrandamento do crescimento da economia global e norte-americana nos últimos meses” , disse o responsável de estratégia de investimentos da iShares, Russ Koesterich, à Bloomberg.

“O que está mesmo a preocupar os investidores é que dada a austeridade fiscal na Europa e nos EUA e o facto de as taxas de juro já estarem [perto dos] 0%, não é claro o que os governos podem fazer para contrariar isto, acrescentou.

Em Tóquio, o Nikkei 225 perdeu 3,72% para 9.299,88 pontos com apenas quatro das 225 acções do índice tecnológico a ganharem território. O Topix recuou 3,07% para 800,96 pontos.

A Sony, que realiza metade das suas vendas no mercado norte-americano, perdeu 4,9%, enquanto o banco Nomura desceu 5,2% para negociar em mínimos de Fevreeiro de 1975.

“Existe receios suficientes para que os investidores estrangeiros comecem a vender acções japonesas”, disse o gestor de fundos do Mizuho Asset Management, Takashi Aoki, à agência noticiosa Bloomberg. “Assim que os investidores estrangeiros começam a vender, normalmente as vendas duram um bocado”, acrescentou.

As acções da China também perderam terreno, com o Shangai a recuar 2% para 2.630,54 pontos para mínimos de 20 de Junho. As cotadas do sector de matérias-primas pressionaram o índice de referência para o país, ao acompanharem a queda das matérias-primas.

Na Austrália a sessão também foi de quedas. O índice S&P/ASX 200 caiu 4% para 4.195,60 pontos e registou a maior queda diária e semanal desde Janeiro de 2009. Os grupos industriais de energia, matérias-primas e de bens de consumo foram as que mais pressionaram o índice de referência.