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A semana em oito gráficos: Petróleo brilha com OPEP e tensões comerciais pressionam bolsas

As bolsas do Velho Continente registaram uma tendência mista, numa semana em que os investidores aplaudiram o acordo no Eurogrupo para a saída da Grécia do programa de ajustamento, mas em que as tensões comerciais com os EUA continuaram a pressionar.

Só índices londrino e lisboeta escapam às quedas na Europa

Só índices londrino e lisboeta escapam às quedas na Europa
As principais praças da Europa Ocidental estiveram a subir na sexta-feira, mas os ganhos não foram suficientes para que o saldo semanal fosse positivo – com excepção das bolsas de Londres e de Lisboa, que conseguiram chegar ao verde. O escalar das tensões comerciais entre os EUA e vários parceiros, como a China, União Europeia e Índia, contribuiu para o mau desempenho na semana, com o índice alemão DAX a destacar-se nas perdas.

PSI-20 sobe timidamente na semana

PSI-20 sobe timidamente na semana
Além do índice londrino FTSE, o índice de referência nacional também conseguiu registar um saldo positivo no acumulado de segunda a sexta-feira, se bem que tímido. O PSI-20 somou 0,11%, sustentado por cotadas como a Altri e os CTT. As maiores quedas couberam à Mota-Engil e Navigator.

Ibersol valoriza mais de 7%

Ibersol valoriza mais de 7%
A Ibersol teve o melhor desempenho da semana no PSI-20, a somar 7,14%. A empresa de restauração, dona de marcas como Pizza Hut, KFC e Pans, fechou os primeiros três meses do ano com lucros de 3,47 milhões de euros – um resultado líquido que ultrapassou em 70% o do mesmo período do ano anterior.

STMicroelectronics penaliza desempenho do Stoxx600

STMicroelectronics penaliza desempenho do Stoxx600
A STMicroelectronics, fornecedora franco-italiana de soluções de semicondutores, foi a cotada que mais penalizou esta semana o índice de referência europeu Stoxx600, ao cair 10,24%, impulsionada pela obtenção de novas patentes. Do lado contrário, as acções da Inmarsat subiram mais de 15% na semana, depois de a empresa de satélites norte-americana EchoStar ter revelado que já detém uma posição de 3% na sua rival britânica.

Red Hat pressiona tendência do S&P 500

Red Hat pressiona tendência do S&P 500
A norte-americana de software Red Hat perdeu 16,82% esta semana, tendo sido a cotada do Standard & Poor’s 500 que mais terreno cedeu, contribuindo para a perda agregada de 0,69% do índice. A pressionar esta cotada esteve a projecção dos lucros para o ano fiscal de 2019, que ficou abaixo do que era esperado pelo consenso do mercado. Só na sexta-feira a Red Hat perdeu mais de 12%, no pior dia desde Dezembro de 2016.

Euro valoriza face à nota verde

Euro valoriza face à nota verde
O euro ganhou terreno face ao dólar no cômputo da semana, tendo na sexta-feira beneficiado de bons dados económicos, já que o índice compósito de gestores de compras (PMI) da IHS Markit de Junho aumentou de 54,1 para 54,8 pontos. Além deste factor de fortalecimento do euro, a nota verde esteve a ser pressionada durante a semana pela escalada das tensões comerciais.

Petróleo distingue-se nas subidas com ajuda da OPEP

Petróleo distingue-se nas subidas com ajuda da OPEP
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) iniciou ontem em Viena uma reunião de dois dias, tendo sido logo avançado que poderia anunciar um aumento da produção na ordem de um milhão de barris por dia – o que, efectivamente, se traduzirá em 600.000 barris diários, já que os membros do cartel não têm capacidade para incrementar a oferta naquela proporção. Além disso, como se espera menos um milhão de barris por dia no mercado a partir do quarto trimestre, à conta das reduções de produção da Venezuela e do Irão, o aumento previsto não irá compensar essa perda, o que está a deu gás às cotações do crude, com o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – a destacar-se e a registar uma valorização semanal de 1,58%.

Juros das obrigações italianas sobem 8 pontos base

Juros das obrigações italianas sobem 8 pontos base
Os juros a 10 anos da dívida de Itália registaram subidas significativas na quinta-feira, depois de terem sido escolhidos dois eurocépticos para liderarem duas comissões de Finanças. A reacção dos investidores não se fez esperar, provocando subidas dos juros do país e arrastando outros periféricos, como Portugal. No dia seguinte, os juros da maioria dos países da periferia do euro e da Alemanha aliviaram, corrigindo assim das fortes subidas motivadas pelos receios em torno do compromisso do Governo italiano com o projecto europeu. No entanto, não foi um alívio suficiente para inverter o saldo semanal, com as “yields” de Itália a subirem 7,9 pontos base para 2,688%.
23 de Junho de 2018 às 09:30
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A bolsa nacional foi uma das poucas praças da Europa Ocidental que subiu no acumulado da semana, mas o ganho foi tímido: 0,11%.

 

As cotadas com melhor performance no PSI-20 foram a Ibersol, F. Ramada e Pharol, ao passo que a Mota-Engil, Navigator e Semapa foram as que mais desceram no acumulado entre segunda e sexta-feira.

 

Entre as restantes bolsas europeias, a britânica também negociou em alta. Em destaque pela negativa esteve o índice alemão Dax, a perder mais de 3%.

 

Por sectores, os dissabores do ramo automóvel estiveram em foco na sexta-feira em toda a Europa, devido à ameaça dos Estados Unidos de imporem uma tarifa de 20% sobre as importações de carros europeus.

 

Entre as cotadas europeias que mais se destacaram pelo lado negativo esteve a franco-italiana STMicroelectronics, que desceu 10,24%.

 

Nos EUA, os principais índices tiveram uma performance ligeiramente positiva no acumulado da semana. Já no mercado cambial, o dólar cedeu face ao euro.

 

Nas matérias-primas, o petróleo registou uma subida, muito à conta da perspectiva de um aumento da produção Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) abaixo daquilo que era inicialmente esperado.

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