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A semana em oito gráficos: Menos fricções comerciais animam bolsas e mais tensões geopolíticas quebram dólar e sustentam petróleo

Esta semana arrancou ainda com os investidores de olhos postos nas relações comerciais EUA-China, que entretanto parecem estar no bom caminho. Quase em simultâneo chegava um novo foco de tensão, com a ameaça de uma acção militar dos EUA, França e Reino Unido na Síria. Os sobressaltos não foram, contudo, suficientes para deixar as bolsas no vermelho.

Índice de Frankfurt liderou subidas na Europa

Índice de Frankfurt liderou subidas na Europa
Entre as principais praças europeias, o índice alemão DAX esteve entre os que mais se destacaram nas subidas durante esta semana. A bolsa de Frankfurt avançou 1,64% no saldo de segunda a sexta-feira, numa semana de altos e baixos nos mercados accionistas devido às tensões geopolíticas no Médio Oriente.

PSI-20 ganha mais de 1% na semana

PSI-20 ganha mais de 1% na semana
O índice de referência nacional somou 1,12% no cômputo da semana, depois de no trimestre ter sido o único da Europa Ocidental a fechar com saldo positivo. Apesar da descida ligeira de 0,18% na sexta-feira, a praça lisboeta ganhou terreno no cômputo das cinco sessões, com a ajuda sobretudo do BCP e EDP, tendo sido a Mota-Engil a cotada que mais subiu. Do lado contrário, a Pharol foi a que mais desceu e que mais contribuiu para reduzir os ganhos da bolsa nacional.

Mota-Engil dispara perto de 15%

Mota-Engil dispara perto de 15%
Depois de na semana passada a Mota-Engil ter perdido cerca de 6%, a reflectir uma queda de 97% dos lucros de 2017, esta semana a construtora destacou-se nas subidas do PSI-20, ao somar 14,45%. A empresa liderada por Gonçalo Moura Martins fechou em alta em todas as sessões da semana e só na quarta-feira é que subiu menos de 1%, tendo no dia seguinte somado 4,43%.

TGS-NOPEC impulsiona valorização do Stoxx600

TGS-NOPEC impulsiona valorização do Stoxx600
A norueguesa TGS-NOPEC Geophysical Company, que fornece dados de geociência [com levantamentos sísmicos e gravimétricos das bacias sedimentares] a empresas de exploração e produção de petróleo e gás em todo o mundo, foi a cotada que mais contribuiu para os ganhos semanais do índice de referência europeu Stoxx 600. A empresa, que está cotada na bolsa de Estocolmo, somou 22,73% no saldo dos cinco dias, fechando a semana a valer 230,8 euros, tendo estado a ser impulsionada pelo anúncio de uma expansão da sua actividade de leitura sísmica onshore na bacia sedimentar onde opera a norte-americana Anadarko [no Estado de Oklahoma].

Helmerich & Payne dá gás ao S&P 500

Helmerich & Payne dá gás ao S&P 500
A norte-americana Helmerich & Payne, que prospecciona poços de gás e petróleo para exploração e produção, foi a cotada que esta semana teve melhor desempenho no índice Standard & Poor’s 500, ao subir 12,22%. As acções estiveram a ser sustentadas pelo bom desempenho do petróleo nos principais mercados internacionais.

Dólar cai face ao euro, libra e iene

Dólar cai face ao euro, libra e iene
A moeda norte-americana depreciou-se face às suas principais congéneres no cômputo semanal, nomeadamente contra o euro, a libra esterlina e o iene. A pressionar estiveram ainda os receios em torno da guerra comercial entre os EUA e a China. Depois de aliviadas essas preocupações, já que ambas as partes se comprometeram na via da negociação para chegarem a um entendimento, surgiram as tensões geopolíticas no Médio Oriente quando o presidente dos EUA ameaçou a Síria com uma resposta militar ao ataque químico em Douma no passado sábado, alegadamente perpetrado pelas forças leais a Bashar al-Assad. Na sexta-feira, a libra chegou mesmo a atingir um máximo de 10 semanas face à nota verde.

Petróleo avança em semana repleta de tensões

Petróleo avança em semana repleta de tensões
Apesar de grande parte das tensões no Médio Oriente ter diminuído depois de o presidente norte-americano ter dito na quarta-feira à noite que não estava iminente um ataque à Síria, o petróleo continuou a ser sustentado pelas fricções geopolíticas – já que, se escalarem para um conflito no terreno, perturbarão a oferta dos países produtores da região, que corresponde a cerca de metade do petróleo a nível mundial. Além disso, as tensões comerciais EUA-China, apesar de terem diminuído, também ajudaram a matéria-prima. Por outro lado, o “ouro negro” foi animado pelo anúncio de que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) caiu para o nível mais baixo em três anos.

Juros das obrigações nos EUA sobem na semana

Juros das obrigações nos EUA sobem na semana
As incertezas comerciais e geopolíticas continuaram esta semana a levar os investidores a optarem por aplicações mais seguras, como a dívida norte-americana e o ouro. A aposta nas obrigações do Tesouro dos EUA manteve-se, com os juros da dívida no prazo a 10 anos – que é o vencimento de referência – a subirem 4,58 pontos base para 2,8193%.
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A bolsa nacional valorizou mais de 1% esta semana, elevando para 1,65% o ganho desde o início do ano. A cotada com melhor performance do PSI-20 foi a Mota-Engil, a somar 14,45% no conjunto dos cinco dias, ao passo que a Pharol travou os ganhos do índice de referência nacional, a perder 10,41% entre segunda e sexta-feira.

 

As restantes bolsas europeias negociaram também, generalizadamente, em alta, apesar de ainda pairarem tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China – mas com menor intensidade – e de terem surgido receios de uma acção militar dos EUA, França e Reino Unido na Síria (que foram também amainados depois de Trump ter vindo dizer que não estava iminente um ataque contra Damasco).

 

 A sobressair nas subidas do Velho Continente esteve a praça de Frankfurt, com o Dax a valorizar 1,64%.

 

Entre as cotadas europeias que mais se destacaram pelo lado positivo estiveram a norueguesa TGS-NOPEC, da área dos serviços petrolíferos, e a cervejeira britânica Green King.

 

Nos EUA, os principais índices tiveram uma performance positiva no acumulado da semana, depois de dissipados muitos dos receios relativamente a uma potencial guerra comercial Washington-Pequim e a um ataque iminente dos EUA, França e Reino Unido ao regime sírio de Bashar al-Assad.

 

No mercado cambial, destaque para o enfraquecimento do dólar face às principais congéneres.

 

Nas matérias-primas, o petróleo ganhou terreno com a instabilidade no Médio Oriente e com a queda da produção da OPEP.

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