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A semana em oito gráficos: Juros de Itália aliviam e bolsas sobem apesar de semana turbulenta
As bolsas europeias recuperam e o euro voltou a perder terreno, com a Itália no centro das preocupações dos investidores.
Bolsas europeias recuperam de três semanas em queda
Apesar da pressão relacionada com o orçamento italiano, o desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi e as perspectivas de novas subidas de juros por parte da Reserva Federal, as bolsas registaram uma semana de ganhos, ainda que ligeiros. Nas praças europeias foi mesmo a primeira semana positiva após três sempre a perder valor. Os resultados que as empresas estão a apresentar, referentes ao terceiro trimestre, têm sido globalmente positivos, o que contribuiu para a tendência de alta das acções.
PSI-20 em alta após duas semanas a cair
Mesmo com a queda sentida na última sessão, a bolsa nacional registou um saldo semanal positivo, contrariando a tendência das duas últimas semanas em que o PSI-20 tinha registado desvalorizações significativas. A praça lisboeta valorizou 0,38% esta semana.
Nos e EDP lideram ganhos em Lisboa
A Nos foi a cotada do PSI-20 que mais valorizou esta semana, com a EDP a surgir em segundo lugar. A operadora subiu mais de 4%, reagindo a recomendações positivas de analistas, enquanto a eléctrica reagiu à entrada do fundo Paul Elliott Singer, conhecido como "abutre da Argentina", no seu capital. Pharol, Corticeira Amorim e Altri desceram mais de 4% e a Sonae continua na senda negativa em bolsa.
Pearson destaca-se nos ganhos na Europa
Foram várias as cotadas do Stoxx600 a marcar ganhos de dois dígitos esta semana. A britânica Pearson foi uma das que se destacou, com a valorização a ser suportada pelo anúncio dos resultados no terceiro trimestre e a indicação de que a empresa do sector da educação está no bom caminho para regressar aos lucros. Do lado das quedas destacou-se a também britânica ConvaTec, depois da fabricante de produtos médicos ter cortado as estimativas de resultados e o seu CEO ter anunciado que pretende reformar-se.
Omnicom dispara mais de 10% e supera WPP
A Omnicom esteve em destaque esta semana, em Wall Street. As acções dispararam mais de 10% depois de a firma ter apresentado resultados, sendo que esta valorização levou a Omnicom ao pódio das cotadas mundiais mais valiosas do sector do marketing e publicidade, um lugar que foi ocupado pela britânica WPP ao longo da última década. A maior queda entre as cotadas do S&P500 foi registada pela Textron, depois desta empresa ter apresentado resultados abaixo do esperado.
Euro perde terreno face ao dólar
Apesar da recuperação sentida na última sessão, a moeda europeia voltou a registar uma semana de perdas face ao dólar. A situação em Itália pressionou a moeda europeia e a perspectiva de mais subidas de juros por parte da Reserva Federal impulsionou a divisa norte-americana.
Petróleo recua pela segunda semana
O máximo de quatro anos nas cotações do petróleo está cada vez mais distante. A matéria-prima desceu pela segunda semana e, na bolsa de Londres, esteve grande parte das sessões a transaccionar abaixo dos 80 dólares por barril. Os stocks de crude nos Estados Unidos estão a aumentar há quatro semanas, o que indicia uma redução da procura.
Juros de Itália aliviam em semana turbulenta
Itália voltou a estar no centro das atenções nos mercados esta semana devido ao orçamento que Roma entregou em Bruxelas. Os juros da dívida reflectiram esta turbulência e dispararam em várias sessões, sobretudo quando Bruxelas publicou a carta que enviou ao Governo italiano, onde avisava para um "desvio orçamental sem precedentes" na história da Zona Euro. Mas o clima de confrontação aliviou esta sexta-feira, depois de Moscovici ter adoptado um discurso mais conciliatório com Roma, o que agradou aos investidores.
Itália voltou a estar no centro das atenções nos mercados esta semana devido ao orçamento que Roma entregou em Bruxelas. Os juros da dívida reflectiram esta turbulência e dispararam em várias sessões, mas o saldo da semana foi positivo, permitindo o primeiro alívio em quatro semanas. A recuperação não se fez sentir na moeda europeia, que voltou a ceder terreno para o dólar.
Nos mercados accionistas as variações também foram positivas, com os bons resultados apresentados por diversas cotadas a contrariarem o efeito negativo da crise em Itália, perspectiva de mais subidas de juros nos EUA e o desaparecimento de Jamal Khashoggi.
Percorra os gráficos em cima para ver as variações dos activos em oito mercados.