Notícia
A semana em oito gráficos: Bancos centrais pressionam mercados
As decisões de política monetária da Reserva Federal (Fed) dos EUA, Banco Central Europeu (BCE) e Banco de Inglaterra pressionaram o mercado acionista e levaram os juros da dívida a agravarem-se. Por cá, as papeleiras foram as cotadas que mais caíram na bolsa de Lisboa.
Juros mais altos castigam bolsas
Os mercados acionistas mundiais caíram esta semana, pressionados pelo novo aumento das taxas de juro em 50 pontos base na Europa, EUA e Reino Unido. O Stoxx_600 caiu 3,28%, em linha com o tombo dado pelo alemão Dax. Já o S&P 500 teve uma queda de 2,54%.
Lisboa não escapa ao sentimento
O PSI_fechou com uma desvalorização superior a 1% uma semana marcada por mais uma subida das taxas de juro do BCE_e pela previsão de arrefecimento da economia portuguesa do Banco de Portugal, com o consumo privado quase a estagnar em 2023.
Papeleiras prejudicam PSI
O setor do papel foi o que mais pesou no PSI. A Altri foi a cotada que teve a maior queda semanal, ao descer 6,19%, seguida de perto pela Navigator que caiu 5,99%. Por outro lado, a energia acabou a semana em alta, embora não tenha sido suficiente para levantar o PSI.
Tecnológicas espelham medo
O setor tecnológico prejudicou o desempenho do Stoxx 600 dada a exposição destas cotadas a aumentos das taxas. A tecnologia é um setor onde tradicionalmente o endividamento é elevado. A liderar as perdas esteve a sueca Sectra, com uma queda de quase 20%.
Vacina impulsiona Moderna
A Moderna e Merck anunciaram os resultados preliminares positivos para a sua vacina de RNA mensageiro em desenvolvimento contra o cancro de pele, quando tomada em combinação com um medicamento. A notícia motivou os investidores, tendo as ações da farmacêutica comandado os ganhos do S&P 500.
Euro aprecia-se a apostar no futuro
O par euro e dólar esteve em destaque pela positiva, tendo avançado 0,74% face à subida do preço do dinheiro causada pelo BCE e à perspetiva de que a estratégia continue. Já a libra britânica deslizou, apesar de o Banco de Inglaterra ter também subido os juros diretores em 50 pontos base.
“Outlook” para 2023 dá força ao petróleo
O petróleo Brent escalou 4%, impulsionado pelo “outlook” para o próximo ano da Agência Internacional de Energia. A organização estima que os preços do petróleo possam disparar em resultado da menor oferta via Rússia e da expectativa de uma procura maior do que o esperado.
Juros sobem ao som dos bancos centrais
As “yield” da dívida nacional agravou-se esta semana para máximos de um mês, acompanhando a tendência vivida na Zona Euro, ao som do BCE. Já os juros da dívida norte-americana aliviaram, numa altura em que a Fed já desacelerou o ritmo de subida da taxa de juro diretora.
17 de Dezembro de 2022 às 09:30