Na sessão de ontem, muito à semelhança de sexta-feira, os mercados estiveram em ebulição, devido aos receios em torno das medidas a adotar pelos bancos centrais, já que os elevados níveis da inflação na Europa e EUA apontam para um endurecimento adicional da política monetária, com mais subidas dos juros diretores – podendo não ser possível evitar uma recessão. Os juros da dívida dispararam na Zona Euro e nos EUA, as bolsas afundaram, o valor do mercado das criptomoedas caiu abaixo de um bilião de dólares (a bitcoin afundou para mínimos de 18 meses) e o ouro e petróleo também cederam terreno. Quem ganhou foi o ativo-refúgio dólar.

O Insituto Nacional de Estatística divulga esta terça-feira o índice de preços no consumidor relativo a maio. O INE apresenta ainda os índices de produção, emprego e remunerações na construção (relativos a abril).

No resto da Europa, o dia será marcado pela divulgação de alguns indicadores económicos importantes. Da Zona Euro virão os dados do índice de sentimento económico ZEW para junho. Na Alemanha serão conhecidos os números da inflação de maio (leitura final). Já no Reino Unido teremos os dados do desemprego de abril.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai publicar o seu relatório mensal, onde divulga as previsões de procura da matéria-prima. Os preços do petróleo têm subido fortemente este ano, mas na passada sessão cederam aos receios de uma eventual recessão mundial – que levaria a uma diminuição da procura por esta matéria-prima.

Hoje a associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API) vai revelar as previsões para o nível dos stocks de crude no país na semana passada. Amanhã será a vez de serem conhecidos os números oficiais da Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia), que divulga os níveis dos inventários de crude dos EUA, bem como os stocks de destilados e gasolina.