O instituto que gere a dívida pública portuguesa vai voltar ao mercado, com uma emissão de longo prazo, a seis e dez anos. A operação ocorre numa altura em que os custos de financiamento se têm agravado devido à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o comunicado do IGCP, os dois leilões de Obrigações do Tesouro têm maturidade em 21 de julho de 2026 e 15 de fevereiro de 2030, com um montante indicativo global entre 750 milhões e mil milhões de euros.

A empresa liderada por João Manso Neto começará a distribuir o dividendo bruto de oito cêntimos por ação a partir de 24 de abril, pelo que as ações representativas do capital social da EDP Renováveis hoje já serão transacionadas sem conferirem direito a dividendo. O valor do dividendo representa uma subida de 1 cêntimo face ao ano anterior (em que a empresa pagou sete cêntimos ilíquidos por cada ação) e é o mais alto de sempre.

Ainda no que diz respeito às cotadas do PSI-20, a Navigator poderá estar esta quarta-feira a reagir ao anúncio feito ontem – já depois do fecho da praça lisboeta – de que irá reduzir temporariamente a produção de papel em 15%, dada a queda significativa de encomendas das últimas semanas. Mas ressalvou que a produção de pasta e tissue não são afectadas e que manterá o rendimento dos seus colaboradores.

Nos últimos dias, Marcelo Rebelo de Sousa tem estado a ouvir dirigentes de empresas cotadas em bolsa sobre o impacto da pandemia de covid-19 e as suas perspetivas para os respetivos setores.

Hoje será a vez de o Presidente da República ouvir os responsáveis da Semapa e da Mota-Engil.

São divulgados hoje os dados relativos à confiança dos investidores na Zona Euro, em março. O indicador deverá refletir os receios associados ao novo coronavírus, naquele que foi o mês que marcou a adoção de estados de emergência na maior parte dos países.

Ainda na Europa, teremos também os dados da inflação de março no Reino Unido, bem como as encomendas à indústria em fevereiro em Itália.

Apesar de os preços dos futuros do crude norte-americano (WTI) para entrega em maio – cujos contratos venceram ontem – terem recuperado nesta terça-feira para a casa dos 4 dólares por barril, depois de abrirem a semana pela primeira vez na história em território negativo (chegaram a negociar em -40 dólares por barril), a pressão vendedora nos mercados mantém-se, o que também tem penalizado as empresas de produção e refinação da matéria-prima.

O contrato de junho é agora o que entrega mais imediata e vence a 19 de maio. E se com os futuros de maio os traders até pagaram para despacharem petróleo físico – já que não o querem ter em mãos, seja por falta de espaço ou por apenas lhes interessar a negociação das cotações – há quem já estime que o cenário só irá agravar-se, pois quando fechar o contrato de junho vai haver ainda menos capacidade de armazenamento. Os analistas do Mizuho, citados pela CNN, consideram que o contrato de junho do WTI pode afundar para -100 dólares/barril. Na sessão de hoje, chegaram a perder 68% para 6,5 dólares por barril depois de horas antes estarem a negociar na casa dos 20 dólares.

Ainda no petróleo, hoje a Administração de Informação em Energia (que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulga os níveis dos inventários de crude dos EUA, bem como os stocks de destilados e gasolina.