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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta quinta-feira haverá reunião de política monetária do Banco Central Europeu, podendo divulgar medidas para conter os efeitos económicos do Covid-19, tal como já o fizeram os bancos centrais dos EUA, Canadá e Banco de Inglaterra. Anúncio de Trump a proibir entrada de europeus nos Estados Unidos estará a pressionar.
Depois de a Fed ter feito uma reunião extraordinária e cortado 50 pontos base às suas taxas diretoras, o BCE realiza a sua reunião de política monetária, na qual se espera que divulgue medidas para conter os efeitos económicos do novo coronavírus. E embora os analistas tenham dito que o Banco Central Europeu não tem tanta margem de atuação como a Fed - já que na Europa as taxas de depósito estão já em valores negativos -, há ainda quem antecipe que a instituição liderada por Christine Lagarde ainda possa baixar mais os juros, obrigando os bancos a pagar ainda mais pela liquidez depositada no banco central. Pode, também, aumentar o valor mensal de compras de ativos.
A Fed abriu as hostilidades face à nova ameaça para a economia mundial. Seguiu-se o Banco do Canadá – e ontem o Banco de Inglaterra. Falta saber se o BCE se junta.
As contas da Mota-Engil
A Mota-Engil anuncia esta quinta-feira os seus resultados de 2019, depois de na terça-feira já ter avançado alguns dados preliminares.
A empresa já anunciou ter obtido um volume de negócios de 2,8 mil milhões de euros em 2019 e que a carteira de encomendas ficou "acima do guidance" nos 5,4 mil milhões de euros.
Novabase substitui Ramada no PSI-20
A Novabase vai regressar ao PSI-20 no próximo dia 23 de março, em substituição da Ramada. Na sua revisão anual, a Euronext inverteu assim a decisão tomada em março de 2018, quando a Ramada Investimentos e Indústria (ainda denominada F. Ramada, tendo "perdido o F" em julho desse ano) substituiu a tecnológica no índice de referência nacional.
A empresa liderada por João Nuno Bento encerrou a sessão de quarta-feira a ceder 5,32% para 2,85 euros, ao passo que a Ramada recuou 3,14% para 4,32 euros.
Produção industrial em foco na Europa
A produção industrial da Zona Euro referente a janeiro é revelada. Os analistas contactados pela Bloomberg esperam um crescimento de 1,2% em janeiro, depois da queda de 2,1% em dezembro. Janeiro ainda não será o mês de maior impacto dos efeitos do novo coronavírus, que terá uma influência mais visível nos números de fevereiro.
Nos Estados Unidos serão divulgados os dados sobre os pedidos de subsídio de desemprego na semana passada.
Dow Jones em "bear market"
As bolsas de todo o mundo continuaram ontem a afundar, à conta dos receios dos investidores face ao impacto económico do novo coronavírus – o que está a levá-los a fugir das ações e a preferir ativos considerados mais seguros, como as obrigações soberanas.
Nos EUA, o Dow Jones fechou em "bear market", a cair 20% face ao seu último valor mais alto – atingido a 12 de fevereiro quando marcou um máximo histórico. O S&P 500 também esteve em "mercado urso", mas apenas momentaneamente, já que encerrou depois a perder 19% face ao último máximo (estabelecido a 19 de fevereiro, quando também atingiu um patamar nunca antes explorado). Apesar de a Fed de Nova Iorque ter adicionado estímulos adicionais, o sentimento pessimista manteve-se em Wall Street.
Entretanto, mais tarde, o presidente norte-americano anunciou a suspensão, durante 30 dias, da entrada de europeus nos EUA. Resultado: as bolsas e o petróleo seguiam a afundar no "after hours".