Os receios quanto aos efeitos do coronavírus sobre a economia, numa altura em que já foram identificados mais de 80.000 casos em todo o mundo, vão continuar a marcar a negociação nos mercados.

As bolsas e o petróleo têm sido duramente afetados por este surto que já atingiu 34 países. Em alta têm estado os ativos que costumam funcionar como valores refúgio em alturas de incerteza, como é o caso das obrigações norte-americanas, de algumas moedas, como o iene e o franco suíço, e do ouro.

A empresa da maçã, liderada por Tim Cook, acolhe hoje no Steve Jobs Theater – em Cupertino, Califórnia – a sua assembleia geral anual de acionistas. A Apple tem estado a ser fortemente afetada pelo novo vírus com origem na China, tendo estado a registar perturbações na cadeia de produção, especialmente no que diz respeito aos seus fornecedores chineses. A tecnológica advertiu na semana passada para a possibilidade de falhar as metas para as receitas no primeiro trimestre devido ao impacto do coronavírus.

Ainda nos EUA, a Lowe's Companies Inc vai reportar os resultados do seu quarto trimestre, esperando-se um aumento das receitas devido às boas vendas na época natalícia.

A Thomson Reuters anunciou ontem que nomerou Steve Hasker – ex-presidente da Nielsen Holdings – como seu novo CEO, sucedendo a Jim Smith. 

Foram também anunciadas mudanças na Disney, com a empresa a informar na terça-feira que Bob Chapek é o seu novo presidente executivo.

A Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulga os dados relativos aos inventários de crude do país na semana passada, bem como os stocks de destilados e gasolina.

Na sessão de ontem os preços do "ouro negro" perderam terreno nos principais mercados internacionais, devido aos receios em torno do coronavírus, já que a procura poderá ser afetada, o que constitui um duro golpe para a matéria-prima numa altura em que a oferta é já excedentária.

Os Estados Unidos apresentam esta quarta-feira os números relativos à venda de casas novas no país.

Depois de terem registado uma contração de 0,4% em dezembro, o consenso de economistas antecipa uma subida em janeiro. As estimativas apontam para um crescimento de 2,3% no primeiro mês do ano.