Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Os investidores deverão reagir às novidades sobre as negociações entre o Deutsche Bank e o Commerzbank, enquanto esperam por novidades sobre as negociações entre os EUA e a China. A Boeing continua sobre forte escrutínio e os juros portugueses deverão refletir a melhoria do rating do país.
Poderá estar para breve um anúncio de um grande fusão na banca europeia. Deutsche Bank e Commerzbank anunciaram que vão avançar com negociações formais com vista uma união das duas instituições. Se se confirmar, esta fusão dará origem ao quarto maior banco europeu. Mas, ainda que haja acordo para as negociações, está longe de ser certo que a operação terá sucesso. É que o cenário não é propriamente novo.
As notícias sobre uma fusão entre o Deutsche Bank e o Commerzbank não são novas. A primeira tentativa remonta a 2016. Mas nunca conseguiram chegar a um acordo. A atual conjuntura, a pressão que tem sido exercida quer pelos mercados, que têm penalizado fortemente das duas instituições, mas também (de forma mais silenciosa) pelo Governo, cujo discurso agora passa pelos "campeões nacionais", poderão ditar um desfecho diferente. Ainda assim será cedo para antecipar o que vai acontecer.
Standard & Poor’s melhora avaliação de Portugal
A agência de notação financeira Standard & Poor’s decidiu aumentar o "rating" de Portugal em um nível para BBB. A melhoria da notação financeira do país foi justificada com excedente orçamental primário de perto de 3% do PIB do ano passado, o que colocou "o rácio da dívida pública no PIB numa firme trajetória descendente".
Esta decisão, ainda que antecipada por alguns analistas ao Negócios na semana passada, deverá contribuir para novos mínimos dos juros de Portugal, que têm negociado abaixo dos 1,4% nos últimos dias, algo que nunca tinha acontecido.
Boeing a ferro e fogo
Depois de uma semana negra, a Boeing prepara-se para enfrentar nova pressão. O Ministério dos Transportes da Etiópia revelou que os dados já analisados apontam para que o acidente da semana passada tenha "semelhanças claras" com o acidente de outubro. O que, se se confirmar, são más notícias para a Boeing.
Os dois acidentes ocorreram com aviões 737 Max e ambos se despenharam minutos depois de levantarem voo e depois de os pilotos terem reportado problemas com o sistema de controlo do avião. "Foi a mesma coisa com a Indonésia [com o avião da Lion Air]. Houve semelhanças claras entre os dois acidentes", salientou o porta-voz do Ministério dos Transportes da Etiópia, Muse Yiheyis, à Reuters.
A Boeing terminou a semana com uma queda superior a 10%, com os investidores a recearem que as conclusões dos acidentes apontem o dedo à fabricantes de aviões.
China/EUA continuam a condicionar negociação
As notícias do início do mês foram positivas: os EUA e a China estavam a progredir nas negociações comerciais. Washington adiou a entrada em vigor das novas tarifas sobre as importações chinesas e os dois países deram sinais de que estavam perto de selar um acordo.
Desde então não houve novidades, o que tem deixado os investidores nervosos com esta questão.
As conversações são agora quase como uma fantasma a pairar sobre os mercados. E enquanto não houver conclusões os investidores não ficarão descansados.
Brexit quando e como?
Na semana passada os deputados britânicos trouxeram boas notícias aos investidores: não querem que o Reino Unido abandone a União Europeia sem um acordo, optando por adiar a data do Brexit. Foram boas notícias, mas a incerteza continua a ser elevada. Tudo porque os britânicos parassem não se entender na forma como vai abandonar a UE. E mesmo que o decidam, terão de garantir que os países europeus aceitam as condições. Será que este episódio conhecerá uma conclusão antes de se completarem três anos da votação? Até lá os investidores continuam atentos aos desenvolvimentos.