Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Hoje as bolsas dos EUA estão fechadas. Mas as tensões internacionais por causa da Coreia do Norte não param. Por cá, aguarda-se a reacção dos mercados à decisão da Moody's, no dia em que o BCP faz 30 anos de bolsa.
Os testes nucleares conduzidos pela Coreia do Norte que, no domingo, testou o que diz ser uma mais avançada bomba de hidrogénio, estão a fazer aumentar as tensões geopolíticas. Os Estados Unidos respondem às ameaças com ameaças, dizendo estarem preparados para qualquer ameaça, admitindo respostas militares massivas. Trump continua a avisar.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá voltar a debater o tema esta segunda-feira, admitindo-se desde já mais sanções. Mas a Rússia já se referiu à falta de eficácia das sanções que têm sido estabelecidas. Os mercados vão, esta segunda-feira, voltar atenções para as reacções aos mais recentes testes nucleares de Pyongyang.
Bolsas dos EUA fechadas
Esta segunda-feira, 4 de Setembro, as principais bolsas norte-americanas vão estar encerradas, pelas comemorações do Dia do Trabalhador. Mas, conforme antecipa a Reuters, tipicamente o regresso (que acontecerá terça-feira) é vigor. No dia seguinte ao feriado, o S&P 500 ganhou 0,1% em média entre 1980 e 2016, segundo a Almanac, citada pela Reuters. Mas é aqui que as oportunidades poderão terminar. É que Setembro tem sido, respeitante ao índice S&P 500, o pior mês do ano, com quedas médias de 0,5%. E as interrogações deste ano são várias. Além do escalar das tensões entre EUA e Coreia do Norte, há ainda as discussões sobre o orçamento norte-americano e o tecto de endividamento. O impacto do furacão Harvey pode acrescentar incertezas nestes capítulos. O governador do Texas já estimou entre 150 mil milhões e 180 mil milhões de dólares os custos com esta intempérie. O secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin, desafiou o Congresso a aumentar o limite da dívida por forma a socorrer as vítimas do furacão.
Moody’s melhora perspectiva para Portugal. Qual será a reacção?
A Moody's melhorou a perspectiva para o "rating" de Portugal de estável para positiva, deixando, no entanto, a notação em nível de lixo, inalterada em Ba1. A Moody’s ainda pode voltar a pronunciar-se sobre Portugal este ano, em Dezembro. Para já, seguiu as pisadas da Fitch, que tomou a mesma decisão em Junho deste ano. E com a Moody's a confirmar a perspectiva de trajectória positiva do "rating", o mercado pode reforçar a aposta num regresso a grau de investimento. É por isso que se aguarda com expectativa para ver como evoluem esta segunda-feira os negócios com a dívida portuguesa nos mercados.
BCP faz 30 anos de bolsa
O BCP comemora esta segunda-feira 30 anos de cotação em bolsa. Em 1987, valia pouco mais de 200 milhões de euros, 15 vezes menos que a actual capitalização, com vários aumentos de capital. Mas esta segunda-feira, numa sessão comemorativa na bolsa de Lisboa, Nuno Amado fará um balanço destes 30 anos, isto depois de se ter ficado a saber que o banco avançou com uma acção em tribunal para se proteger de eventuais surpresas com a venda do Novo Banco, nomeadamente por causa do mecanismo de protecção à venda dos activos problemáticos. Nuno Amado não quer impedir a venda do Novo Banco à Lone Star, mas também não quer ser penalizado por essa venda.
Alemanha volta a discutir diesel
A chanceler alemã deverá realizar esta segunda-feira um encontro com vários municípios alemães sobre a intenção de banir os carros a gasóleo das suas cidades. Angela Merkel tem defendido a necessidade de restaurar a confiança nos carros a gasóleo, depois dos escândalos de fraude com os testes de emissões, já se tendo insurgido contra a intenção de banir esses veículos admitida por alguns municípios. Merkel, em plena campanha eleitoral, tem sido acusada de compactuar com a indústria automóvel mesmo depois das fraudes detectadas. Isso mesmo ouviu também do opositor Martin Schulz no debate que, este domingo, colocou os dois candidatos frente-a-frente. Merkel tem dito estar preocupada com os 800 mil postos de trabalho que esta indústria tem no país. Ao Spiegel, Angela Merkel garantiu que desde 1 de Setembro novas regulamentações estão em vigor, que obrigam à realização de testes às emissões em condições reais de condução.