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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta quarta-feira os investidores vão estar de olhos postos na OPA sobre o Montepio e na evolução dos juros da dívida portuguesa a 10 anos, que ontem voltaram a quebrar a fasquia dos 3%. Lá fora, destaque para a reabertura dos mercados nos Estados Unidos.
O Montepio vai sair de bolsa, segundo o comunicado divulgado ontem na CMVM. O passo é dado através de uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Associação Mutualista Montepio Geral sobre o fundo de participação da caixa económica. A operação está avaliada em mais de 100 milhões de euros, já que a oferente paga um euro por cada título.
Actas da Fed nos EUA e vendas a retalho na Zona Euro
A Reserva Federal norte-americana divulga as actas relativas à reunião de política monetária que decorreu nos dias 13 e 14 de Junho. Este documento surge depois de a instituição ter decidido avançar com uma nova subida de juros neste encontro, colocando a sua taxa de referência num intervalo entre 1% e 1,25%. As minutas poderão deixar novas indicações sobre mexidas futuras na taxa dos fundos federais.
Hoje serão também divulgados novos indicadores económicos. Na Zona Euro, o Eurostat apresenta os dados sobre as vendas a retalho, em Maio (anterior: 0,1%; estimativas: 0,4%), bem como o índice da Markit para os serviços na região, em Junho. Ainda na Europa, teremos também o índice PMI para os serviços no Reino Unido, relativos ao mês passado.
Do outro lado do Atlântico serão revelados os dados das encomendas à indústria, referentes a Maio (anterior: -0,2%; estimativas: -0,5%).
Mercado petrolífero de olho nos inventários
O Instituto Americano do Petróleo (API, que é uma entidade privada) divulga as suas estimativas para os inventários de crude na semana passada nos Estados Unidos – que serão depois comparadas com os dados oficiais, no dia seguinte, apresentados pela Administração de Informação em Energia (sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia).
Depois de fortes quedas durante três semanas, os preços do petróleo têm estado agora a recuperar. Ontem subiram pelo nono dia consecutivo, o que representa a mais longa série de ganhos desde 2010. A justificar estes novos ganhos está a expectativa dos investidores de que seja anunciada uma queda nas reservas de crude da semana passada – com as estimativas a apontarem para uma redução de 2,5 milhões de barris.
Wall Street regressa à negociação
As bolsas norte-americanas fecharam mais cedo na segunda-feira e ontem estiveram encerradas, devido à celebração do Dia da Independência. Hoje regressam à negociação e é grande a expectativa, sobretudo para ver se Nasdaq vai recuperar ou se continuará a ser penalizado por um movimento de vendas no sector tecnológico.
Na segunda-feira, por breves instantes, os terminais de cotações em Wall Street apresentaram um erro. No mercado after-hours (que funciona depois do fecho da sessão regular) do Nasdaq, as acções da Amazon, Microsoft, Apple, Zynga, eBay e muitas outras tecnológicas negociaram todas nos 123,47 dólares. No total foram 16 os títulos que apresentaram todos a mesma cotação, problema que ficou entretanto resolvido.
Juros de novo abaixo de 3%
Os juros exigidos pelos investidores para deter dívida portuguesa baixaram ontem. A taxa de referência a 10 anos caiu desceu 4,1 pontos base para 2,968%, voltando assim a fixar-se abaixo da barreira dos 3%. Esta evolução positiva surgiu no dia em que a Fitch divulgou uma nota a investidores onde fala sobre uma eventual retirada do país de um nível considerado especulativo, depois de ter melhorado o "outlook" da dívida nacional para "positivo" no mês passado.
Segundo a Fitch, Portugal poderá aspirar a deixar de ser rotulado de "lixo" nos mercados financeiros caso a dívida pública entre numa rota consistente de redução e não se repitam, na banca, situações que exijam a injecção de mais dinheiro dos contribuintes. O prémio de risco face à Alemanha também caiu, atingindo os 249,25 pontos base.