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FTX vai a tribunal para reaver 240 milhões de dólares de investimento "inútil" de Bankman-Fried

A FTX pretende recuperar 236,8 milhões de dólares de Michael Giles e dos membros da Embed e 6,9 milhões de dólares dos acionistas minoritários da Embed. O negócio foi fechado seis semanas antes do colapsado grupo cripto pedir proteção contra credores.

Reuters
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A FTX está a tentar reaver mais de 240 milhões de dólares, o equivalente a 222,86 milhões de euros, que foram investidos na Embed, uma plataforma de negociação de ações, considerada pela nova administração da "exchange" cripto como inútil e recheada de "bugs".

O grupo cripto propôs três ações judiciais no tribunal em Delaware, nos EUA, onde corre o processo de proteção contra credores do colapsado grupo cripto, contra o ex-CEO Sam Bankman-Fried e outros trabalhadores da FTX, assim como contra vários executivos da Embed, incluindo o fundador da empresa, Michael Giles, e também contra acionistas da empresa.

Os visados pelas ações que faziam parte da FTX são acusados de usurpar fundos da empresa para adquirir uma participação social na Embed.

A FTX pretende recuperar 236,8 milhões de dólares de Michael Giles e dos membros da Embed e 6,9 milhões de dólares dos acionistas minoritários da Embed.

No âmbito desta operação, foram ainda pagos pela FTX também 70 milhões de dólares em bónus aos trabalhadores da Embed, tendo sido a maior parte desse valor pago a Michael Giles.

A FTX fechou a aquisição da Embed apenas seis semanas antes de ter entrado com pedido de proteção contra credores no tribunal de Delaware, sem proceder a um procedimento de "due dilligence" para apurar a solidez do investimento tendo dado "prioridade à rapidez" da operação, acrescenta a petição entregue em tribunal.

Este não é único investimento especulativo que colocou em causa a vitalidade da FTX, já que - como explicou o novo CEO nomeado pelo tribunal, John Ray III - Bankman-Fried, como outros executivos, apropriaram-se dos ativos da plataforma cripto para realizar investimentos arriscados, classificados por Ray III, como "um desfalque à moda antiga".

A nova administração da FTX tem procurado recuperar ativos para reembolsar os clientes desde o pedido de proteção contra credores. O ordenamento jurídico norte-americano permite que sejam recuperados determinados ativos alienados, para satisfazer os credores.

Recentemente, a FTX já tentou vender a Embed, mas a a melhor oferta veio da parte de Giles, que se dispôs a pagar apenas um milhão de dólares.

Aliás, é com base nesta oferta que a FTX fundamenta no documento entregue em tribunal que os 220 milhões de dólares pagos pela Embed "foram extremamente inflacionados".

A FTX pretendia usar o software da Embed para começar a oferecer aos clientes a negociação de ações, porém este software é "praticamente inútil", alega a FTX.
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