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FTX avança com processo de mil milhões de dólares contra ex-CEO

Sam Bankman-Fried e outros executivos do colapsado grupo cripto foram processados pela nova administração, que tenta reaver os fundos da plataforma. Em causa estão falsos empréstimos concedidos aos altos quadros da empresa e outras transações questionáveis.

Sam Bankman-Fried deverá ser presente ao juiz Lewis Kaplan no próximo dia 3 de janeiro, em Manhattan.
Justin Lane/Epa
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A FTX processou o seu ex-CEO Sam Bankman-Fried (SBF), de forma a reaver o dinheiro de transações suspeitas avaliadas em mil milhões de dólares, avança a Bloomberg.

Além de Bankman-Fried, a ação visa o cofundador da plataforma, Gary Wang, que também era diretor do departamento de IT, Nishad Singh, ex-diretor para a área da engenharia e Caroline Ellison, ex-CEO do braço de "research" e investimento do grupo Alamdeda Research.

Entre os factos referidos no processo "fugira", por exemplo, uma acusação contra Sam Bankman-Fried e Gary Wang de conseguirem emprestados 546 milhões de dólares sob gestão da Alameda Research para investir em ações da plataforma de negociação Robinhood.

Os dois executivos terão alegadamente sido alavancados pelo braço de "research" e investimento do grupo sem prestar qualquer garantia, tendo sido o empréstimo aprovado apenas pela ex-CEO da Alameda, com quem SBF chegou a ter uma relação.

Wang, Singh e Bankman-Fried são ainda acusados de recorrer a empréstimos falsos para adquirir ações da FTX, avaliadas em 250 milhões de dólares na altura.

Esta ação faz parte do plano da administração do colapsado grupo cripto liderado por John Ray III para reaver vários fundos, depois de a empresa ter pedido proteção contra credores em novembro do ano passado.

Buraco da FTX já era conhecido muito antes do processo

No processo relativo aos procedimentos no âmbito da aplicação do regime de proteção contra credores que corre no tribunal de Delaware, citado pela Bloomberg, consta que a ex-CEO da Alameda Research já tinha conhecimento do "buraco" financeiro da FTX.com (a operação internacional, que exclui o mercado dos EUA), oito meses antes do pedido de proteção contra credores.

Em março, Caroline Ellison terá dado de caras com um buraco de tesouraria de 10 mil milhões de dólares. A FTX alega ainda que, mais tarde em agosto, tanto a ex-CEO da Alameda como outros executivos da FTX tinham conhecimento que o grupo devia oito mil milhões de dólares a clientes, e que não conseguia pagar.

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