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Bitcoin supera fasquia do 1 bilião de dólares pela primeira vez desde dezembro de 2021

A festa do lançamento dos primeiros ETF nos EUA com exposição direta à criptomoeda ainda não acabou. Nem a inflação norte-americana acima do esperado - que reduziu o apetite de risco - foi capaz de colocar um ponto final ao otimismo do mercado. No entanto, alguns analistas alertam para sinais técnicos de inversão da tendência.

DR
14 de Fevereiro de 2024 às 13:30
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A capitalização de mercado da bitcoin ultrapassou a fasquia de um bilião de dólares (930 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), pela primeira vez desde dezembro de 2021, de acordo com os dados da CoinGecko, citados pela Bloomberg.

A escalada da criptomoeda com maior peso neste mercado deu boleia à capitalização total de mais de dois milhões de criptoativos, que sobe 2,47% para 1,92 biliões de dólares (1,79 biliões de euros).

Na segunda-feira, a bitcoin contabilizou o mais longo ciclo de vitórias diárias desde janeiro do ano passado. Depois de em 2023 ter mais do que duplicado o seu valor, a criptomoeda mantém o ritmo, tendo valorizado 21% desde o início de 2024.

Esta semana, a criptomoeda superou – também pela primeira vez desde dezembro de 2021 – o patamar dos 50 mil dólares, estando a subir 3,39% para 51.647,71 biliões de dólares.

O sentimento de cautela e a redução do apetite pelos ativos de risco que se fizeram sentir esta terça-feira, depois de ter sido revelado que a inflação dos EUA em janeiro ficou acima do esperado não contagiaram as criptomoedas, que continuam a festejar o lançamento dos primeiros "exchange traded funds" (ETF) com exposição ao preço "spot" da bitcoin nos EUA.

Além disso, a bitcoin está ainda a aproveitar um sentimento "tipicamente positivo", que ocorre durante o Ano Novo Chinês, como nota a Fundstrat Global Advisors, numa nota de "research". A criptomoeda está ainda a ser sustentada pela antecipação do mercado relativamente ao "halving" que ocorre em abril, um mecanismo que reduz para metade a recompensa paga os mineradores de bitcoin.

Em declarações ao Negócios, Henrique Tomé, analista da Xtb, defendeu também que a banca regional norte-americana se encontra "numa situação de stress semelhante à do ano passado", aquando do colapso do Silicon Valley Bank. Recorde-se que existe uma onda de incerteza no mercado quanto o futuro do New York Community Bancorp (NYCB). No ano passado, a bitcoin valorizou à boleia desta turbulência e, na ótica do analista, a história está a repetir-se.

Recuperação perto do fim?

E se esta onda de otimismo estiver perto do fim, nem que seja por uns tempos? As métricas técnicas sinalizadas por alguns analistas, citados pela Bloomberg, levantam esta possibilidade.

Numa nota de "research", o  analista da IG Austrália Tony Sycamore reconhece que a bitcoin revelou "uma resiliência impressionante, apesar da deterioração do sentimento de risco", ainda assim dá conta de que os indicadores apontam para a possibilidade da criptomoeda cair para a fasquia dos 30 mil dólares.

Também a cofundadora da Orbit Markets, Caroline Mauron, acredita, citada pela agência, que "a bitcoin deve fazer uma pequena pausa, depois de um ‘rally’ espetacular de quatro meses, antes de o ‘halving’ assumir a narrativa" do desempenho da criptomoeda.

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