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Malparado cai nas famílias e sobe nas empresas
As instituições financeiras tinham, no final de Agosto, mais de 19 mil milhões de euros em crédito de cobrança duvidosa tanto às famílias como às empresas, segundo os dados do Banco de Portugal.
O montante de crédito malparado nas famílias atingiu, em Agosto, o valor mais baixo desde o final do ano passado. No total, os bancos tinham 5,36 mil milhões de euros em empréstimos de difícil recuperação contraídos por particulares, revelou o Banco de Portugal, esta terça-feira.
Este valor representa 4,43% do total de financiamento concedido pelos bancos às famílias. Uma percentagem que fica abaixo dos 4,44% fixados um mês antes. E a tendência de queda verificou-se em todos os destinos de financiamento, excepto na habitação.
No crédito para outros fins, onde a taxa de malparado é mais elevada, esta atingiu os 15,86% do total de financiamento concedido, abaixo dos 15,97% do mês anterior e dos 16% que fixou em Abril e Maio. Já no consumo, do total de empréstimos concedidos, 10,64% era de difícil recuperação. Esta é mesmo a percentagem mais baixa desde Fevereiro de 2012.
No crédito à habitação, os bancos tinham, em Agosto, 2,55 mil milhões de euros em crédito malparado, ou 2,57% do total de financiamento concedido para este fim. Esta percentagem supera os 2,55% atingidos um mês antes e é mesmo a taxa mais elevada desde que o Banco de Portugal começou a publicar estes dados, em Dezembro de 1997.
E também nas empresas, o crédito de difícil recuperação aumentou. Superou os 13,73 mil milhões de euros, mais do que os 13,46 mil milhões de euros do mês anterior. Do montante total emprestado às empresas, 16,29% estava dado como malparado, uma percentagem que representa também um máximo histórico.