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Mais de um quinto das empresas tem crédito em moratória

No setor do turismo, mais de um terço das empresas tem créditos em moratória. Apesar de ser a mais significativa, o número de empresas que recorre a esta medida está a diminuir.

Com as restrições impostas aos horários da restauração, muitos optam por fechar aos fins de semana. O take-away voltou a ser permitido no horário de recolher obrigatório.
Luís Vieira
26 de Fevereiro de 2021 às 11:46
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Mais de 20% das empresas em Portugal ainda tem créditos em moratória, naquela que é, atualmente, a medida de apoio mais utilizada. A proporção de empresas que beneficia desta e das restantes medidas de apoio que foram sendo lançadas para responder ao impacto da pandemia está, ainda assim, a diminuir.

Os dados, divulgados esta sexta-feira, 26 de fevereiro, constam do mais recente Inquérito Rápido e Excecional às empresas (COVID-IREE), realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal (BdP), relativo à primeira quinzena de fevereiro.

Segundo os resultados do inquérito publicados esta manhã, ao todo, 21,1% das mais de 5.500 empresas que responderam ao inquérito admitia ter recorrido à moratória do pagamento de juros e capital de créditos já existentes. Outros 65,3% diziam não estar a beneficiar desta medida e 13,6% não responderam a esta questão.

É no setor do turismo que esta medida tem maior peso, superior a um terço do universo de empresas. Entre as empresas de alojamento e restauração, 36,8% admitia ter créditos em moratória na segunda quinzena de fevereiro, proporção que, ainda assim, representa uma redução 3,9 pontos percentuais em relação a novembro.

Esta é, assim, a medida a que mais empresas estão a recorrer, mas o número de empresas que tem créditos em moratória está a diminuir. O anterior inquérito realizado pelo INE e pelo BdP, relativo ao mês de novembro, dava conta de que 26,7% beneficiavam, nessa altura, desta medida.

Também o recurso às restantes medidas de apoio está a diminuir. Na segunda quinzena de fevereiro, 13,5% das empresas tinha trabalhadores abrangidos pelo regime de lay-off simplificado e outros 11,6% tinha recorrido ao apoio à retoma progressiva, medida que permite a redução temporária do período normal de trabalho de todos ou de alguns dos trabalhadores. Em novembro, mais de 17% das empresas tinha trabalhadores em lay-off e mais de 20% tinha recorrido ao apoio à retoma progressiva.

Entre as empresas que recorreram a essas duas medidas, mais de metade tinha a larga maioria dos trabalhadores abrangidos por elas. Ao todo, 53,3% das empresas que recorreu ao lay-off ou ao apoio à retoma progressiva tinha mais de 75% dos trabalhadores abrangidos por estas medidas.

Já as linhas de crédito garantido pelo Estado tinham sido acedidas por 14,6% das empresas na segunda quinzena de fevereiro, abaixo dos 24,6% que eram registados em novembro.

As medidas mais recentes, que ainda não estavam em vigor em novembro e que só passaram a constar deste último inquérito, são as que têm menor adesão. Só 9,6% das empresas tinha recorrido ao programa Apoiar, através do qual são concedidos apoios a fundo perdido, e 4,4% tinham recorrido ao programa Apoiar Rendas.
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