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Montante de novos créditos da casa é o mais elevado desde março de 2022

A taxa de juro dos novos empréstimos à habitação reduziu-se pelo 11.º mês consecutivo para 3,53% e o montante de novos contratos é o mais elevado em mais de dois anos.

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O montante de novos contratos de empréstimos à habitação ascendeu a 1.545 milhões de euros em agosto, uma subida de 258 milhões de euros e o valor mais elevado desde março de 2022. É o que indicam os últimos dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Os novos contratos de empréstimos às famílias atingiram 2.215 milhões de euros em novos empréstimos às famílias em agosto, mais 159 milhões do que em julho. Em sentido contrário ao segmento de habitação foi registado um decréscimo nas finalidade de consumo, menos 46 milhões de euros para 471 milhões, e outros fins, menos 53 milhões de euros para 198 milhões.

"As renegociações de crédito reduziram-se 150 milhões de euros, para 433 milhões de euros. Esta evolução deveu-se, em grande parte, às renegociações de crédito à habitação, que diminuíram 145 milhões de euros, para 400 milhões de euros", detalha o supervisor da banca nacional.

Especificamente nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média aumentou de 9,57%, para a 9,64% em agosto. Já a taxa de juro média dos novos empréstimos para outros fins desceu para 4,8%.

Já a taxa de juro média dos novas operações de crédito à habitação, onde se incluem as renegociações que não resultaram de incumprimento, voltou a cair para 3,53% em agosto, o que compara com 3,72% registados em julho, registando assim a décima primeira descida consecutiva e continua a ser a mais baixa desde fevereiro de 2023.

Depois de em abril, pela primeira vez desde setembro de 2022, a taxa de juro dos novos créditos à habitação na Zona Euro ter sido superior à registada em Portugal, em agosto o valor ficou abaixo do registado nos países da moeda única. A taxa média dos países da Zona Euro reduziu-se para 3,69% e Portugal apresentou a sexta taxa de juro média mais baixa.

A taxa de juro média dos novos empréstimos para habitação própria permanente concedidos com taxa variável em agosto foi de 4,46% (4,61% em julho) e os novos empréstimos a taxa fixa desceram pelo segundo mês consecutivo para 3,84%.

Os bancos concederam 1.945 milhões em novos empréstimos para habitação às famílias no oitavo mês do ano, uma subida face aos 1.833 milhões em julho. Deste montante 89% foi para habitação própria permanente, 5% para habitação secundária e 6% para obras.

Por tipo de taxa e exclusivamente nos novos empréstimos à habitação própria permanente, a esmagadora maioria foi concedida de forma mista (80%), sendo que 14% foi de forma variável e 5% fixa. "Em agosto, os contratos a taxa mista representavam 28,3% do stock de crédito à habitação; em dezembro de 2022, tinham correspondido a 6,4%", indica o Banco de Portugal.

Já por tipo de indexante, a proporção dos montantes de novos empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável concedida com uma Euribor a 12 meses foi de 47%, a seis meses de 39% e a três meses de 8% e cerca de 5% usando outras taxas de referência.

Prestação inalterada nos 423 euros

A prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente manteve-se nos 423 euros em agosto, sendo que 75% dos contratos têm uma prestação mensal inferior ou igual a 527 euros. A prestação tem-se mantido praticamente estável desde dezembro do ano passado, flutuando entre os 425 e os 423 euros.

As amortizações antecipadas de crédito à habitação representaram uma fatia de 0,8% do "stock" de empréstimos em julho, menos 0,09 pontos percentuais do que em julho. "As amortizações antecipadas totais (que incluem os contratos finalizados por amortização da dívida do devedor, as consolidações de crédito em novo contrato e as transferências de crédito para outra instituição) corresponderam a 90% das amortizações antecipadas", precisa o BdP.

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