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Crédito ao consumo já supera níveis pré-crise, à habitação ainda está longe
As novas operações de crédito às famílias têm vindo a aumentar nos últimos anos, depois das fortes quedas registadas durante a crise financeira. Mas, na habitação, apesar do forte ritmo de crescimento, o montante emprestado ainda está longe dos níveis atingidos em 2007. Mas o mesmo não acontece no consumo.
Novo crédito da casa longe de 2007
Consumo supera níveis de 2007
"Stock" começa a recuperar
"Stock" em máximos de 2011
Taxa de juro em mínimos
Taxa de juro com rumo irregular
Mensalmente, as estatísticas sobre a concessão de crédito às famílias demonstram uma tendência de crescimento acelerado. Há oito anos que as instituições financeiras não emprestavam tanto dinheiro. Estes números têm sido acompanhados de diversos alertas sobre os excessos que podem estar a ser cometidos. Os dados revelam que há mais razão para alarme no crédito ao consumo do que na habitação.
Os bancos emprestaram 6.503 milhões de euros para a compra de casa, nos primeiros oito meses do ano, revelam os dados do Banco de Portugal. Um montante que representa quase metade dos 12.579 milhões de euros concedidos em igual período de 2007, ano que antecedeu a crise financeira. Ao mesmo tempo, as novas operações no crédito ao consumo ascenderam a 3.132 milhões de euros, entre Janeiro e Agosto de 2018, um valor acima dos 2.435 milhões de euros emprestados no mesmo período de 2007. É o mais elevado desde 2004.
No que diz respeito ao "stock", a conclusão é semelhante. O saldo dos empréstimos para a compra de casa só nos últimos meses inverteu a tendência de queda iniciada em 2011. Em Agosto deste ano, atingiu os 92.860 milhões de euros, um valor inferior aos 97.957 milhões de euros registados no mesmo mês de 2007. Mas, no crédito ao consumo, os valores actuais voltam a superar os registados antes da crise financeira. O saldo de Agosto de 2018 foi de 14.762 milhões de euros, enquanto 11 anos antes era de 12.180 milhões de euros.