Notícia
Bancos antecipam aumento da procura de crédito
O segundo trimestre do ano deverá ser marcado por um aumento da procura de crédito por parte de empresas e particulares, admitem algumas instituições financeiras.
A banca nacional prevê que os critérios de concessão de crédito se mantenham tal como estão no segundo trimestre do ano, de acordo com os cinco bancos consultados pelo Banco de Portugal, no âmbito do inquérito ao sector sobre o mercado de crédito. O mesmo é dizer que não esperam facilitar nem dificultar o acesso ao financiamento, quer para empresas quer para particulares.
Por outro lado, as instituições financeiras antecipam uma maior procura por empréstimos. A maioria dos bancos (três) prevê "um ligeiro aumento da procura de crédito por parte das empresas". Um número idêntico ao das instituições que antecipa "um ligeiro aumento da procura em ambos os segmentos do crédito a particulares", pode ler-se no relatório publicado esta terça-feira, 24 de Abril.
No inquérito é possível ainda verificar que houve um banco que, no primeiro trimestre do ano, aplicou critérios ligeiramente menos restritivos no financiamento das empresas, o que "se traduziu numa ligeira diminuição dos spreads". A justificar esta melhoria esteve, de acordo com a instituição financeira, "a melhoria na percepção dos riscos".
No que respeita aos particulares, também houve uma instituição financeira que reportou uma redução dos spreads, justificando a decisão com "as pressões exercidas pela concorrência".
O inquérito à banca refere-se ao primeiro trimestre do ano, mas só contempla respostas de cinco instituições. É que só em Fevereiro houve várias instituições que reduziram os "spreads" no crédito à habitação, ainda que apenas um desta lista esteja entre as cinco maiores entidades em Portugal: a CGD, o Crédito Agrícola e o EuroBic. O banco público, que há três anos não mexia na taxa de juro, arrancou o ano com uma campanha na qual oferecia um "spread" promocional de 1,60%, inferior aos 1,75% que constavam da sua oferta base. E, em Fevereiro, acabou mesmo por descer a margem para 1,50%, igualando o "spread" do BPI e Novo Banco.