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Governo compensa funcionários no estrangeiro pela queda do euro

O Governo aprovou esta quinta-feira um mecanismo de correcção cambial para os funcionários públicos no estrangeiro, nomeadamente funcionários diplomáticos e professores, afectados pela desvalorização do euro.

Reuters
14 de Maio de 2015 às 17:25
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O Governo aprovou esta quinta-feira, 14 de Maio, um mecanismo de correcção cambial para os funcionários públicos portugueses no estrangeiro afectados pela desvalorização do euro. A medida surge cerca de uma semana antes da data agendada para a greve de professores de português no estrangeiro, a 23 de Maio.

 

"O Conselho de Ministros aprovou um mecanismo extraordinário de correcção cambial às remunerações e abonos dos trabalhadores das diferentes carreiras do Ministério dos Negócios Estrangeiros em funções nos serviços periféricos externos, e aos coordenadores, adjuntos de coordenação e docentes integrados na rede de ensino de português no estrangeiro", lê-se em comunicado. 

 

Em Janeiro, o banco central da Suíça terminou a indexação do franco ao euro, fazendo a moeda suíça disparar face à moeda única. Os funcionários públicos portugueses no país, entre os quais, funcionários diplomáticos e professores, que recebem em euros, viram assim o seu salário desvalorizado, após o câmbio em francos. Segundo declarações do sindicato português, em Janeiro, a queda do euro face ao franco provocou uma queda de 20% no salário dos funcionários portugueses no país.

 

Além da Suíça outros países serão abrangidos por esta medida. "O caso mais grave é de Cuba, Congo e Arábia, mais depois vai até ao Peru, Irão e Moçambique", entre outros, afirmou o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, à Lusa. Os EUA, Reino Unido, Venezuela, África do Sul e Namíbia são outros dos países afectados. A correcção será feita de acordo com os níveis de degradação cambial, afirmou ainda Cesário à Lusa.

 

A medida aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros surge cerca de uma semana antes da greve marcada pelos professores de ensino português no estrangeiro, pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e Federação Nacional de Educação (FNE). A greve está marcada para dia 23 de Maio, data do exame de proficiência linguística do Instituto Camões."Esta era uma medida que estava em estudo desde antes do anúncio da greve. Entretanto, foi convocada a greve, o que é compreensível", declarou Cesário, à Lusa.

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