A queda de 20% dos resultados do primeiro semestre da EDP e a incerteza em torno da redução de tarifas para o ano 2000, levaram a Morgan Stanley Dean Witter a reduzir o «price target», a dose meses, da EDP de 22 euros (4.411 escudos) para 19 euros (3.809 escudos).

No entanto, os analistas aconselham manter as acções, no curto prazo, pois consideram que este é um título «atractivo», para prazos mais longos. Neste momento e aos preços actuais, estes especialistas acreditam que a EDP tem boas perspectivas de crescimento no longo prazo, daí a manutenção da sua recomendação de «Outperform» para este espaço temporal.

A EDP registou, nos primeiros seis meses deste ano, uma queda de 19,9% nos lucros, passando de 311,17 milhões de euros (62,38 milhões de contos) para 249,27 milhões de euros (49,97 milhões de contos). A evolução negativa da EDP deve-se à redução das tarifas, definida pela Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE), aos maus resultados das suas participadas no Brasil e ao fraco nível de hidraulicidade. O volume de negócios aumentou 3,21%, devido às exportações para Espanha, mas os resultados operacionais caíram 10%, quando era esperada uma queda de 15%.

A EDP fechou hoje nos 15,21 euros (3.049 escudos), uma valorização de 1%. Face ao preço de fecho de hoje, o potencial de valorização dos títulos da «eléctrica» presidida por Mário Cristina de Sousa é de 24,92% segundo o estuda da Morgan Stanley Dean Witter.