Os analistas do CaixaBI estimam que a EDP tenha registado lucros de 202 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma queda de 23% em relação ao período homólogo de 2016, com os resultados a serem penalizados pelas condições atmosféricas e pelo ambiente de mercado nas actividades liberalizadas.

Segundo a estimativa conhecida esta sexta-feira, 28 de Abril, os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações caíram 11% para 1.009 milhões de euros, com o EBITDA das actividades liberalizadas no mercado ibérico a registarem uma descida de 44% para 115 milhões de euros, marcadas por um trimestre "seco" face ao período homólogo, que tinha sido "excepcional".

De resto, só a actividade regulada na península registou crescimento – 5% para 245 milhões de euros -, a que se juntam recuos de 19% no mercado brasileiro (para 150 milhões de euros) e de 1% nas renováveis. No caso do Brasil, a queda do EBITDA é justificada com o encaixe extraordinário realizado no primeiro trimestre de 2016 com a venda de hidroeléctricas no Pantanal, por 61 milhões de euros.

O valor para depreciações e amortizações manteve-se inalterado em 370 milhões de euros, reflectindo o impacto da extensão da vida útil dos activos, que deverá compensar a maior depreciação ligada ao aumento de capacidade, justifica a nota assinada por Helena Barbosa.

O CaixaBI mantém a recomendação ("comprar") e o preço-alvo da acção (3,50 euros), o que pressupõe um potencial de valorização de 15,51% face aos 3,03 euros com que fechou a sessão desta sexta-feira, a cair 1,69%. 

Está previsto que a EDP apresente resultados a 3 de Maio, depois do fecho dos mercados.