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JPMorgan eleva preço-alvo do BCP para 30 cêntimos (act.)

O banco de investimento reviu em alta a recomendação e o preço-alvo do BCP. O banco português vê assim o preço-alvo atribuído aos seus títulos subir de 26 cêntimos para 30 cêntimos e a recomendação passou a ser “overweight”.

Bruno Simão/Negócios
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O banco de investimento norte-americano JPMorgan decidiu rever em alta tanto a recomendação como o preço-alvo para o BCP. A nota assinada por Sofie Peterzens, e citada pela Bloomberg, eleva assim a recomendação da instituição liderada por Nuno Amado de "neutral" para "overweight" e o preço-alvo sobe de 26 cêntimos para 30 cêntimos.

Por esta altura, as acções do BCP ganham 3,80% para 25,13 cêntimos, o que tendo em conta o preço-alvo atribuído pelo banco de investimento confere às acções do BCP um potencial de valorização de 19%.

O JPMorgan esteve recentemente na capital portuguesa e encontrou-se com a gestão de vários bancos que operam em território nacional. Na nota de análise para o BCP, em que é elevada a recomendação e o preço-alvo do banco, e a que entretanto o Negócios teve acesso, o banco norte-americano de investimento explica que a revisão em alta da recomendação para o banco liderado por Nuno Amado reflecte quatro aspectos.

O primeiro é o facto de os preços do imobiliário e o cenário macro ser favorável "o que acreditamos vai fazer descer os custos do risco". O segundo está associado a taxas mais elevadas a cada subida de 100 bps da taxa o que se traduz num potencial de ganho de 20-30% por acção. O JPMorgan defende ainda que está subida se traduz num melhor controlo de custos e está também relacionada com a avaliação de trading.


Encontro com o JPMorgan


Na nota a que o Negócios teve acesso consta também o "feedback" do encontro que o JPMorgan teve com o BCP. "Olhando para o próximo ano, o BCP acredita que a margem financeira vai continuar a ser apoiada por um mix de mudanças positivas e uma ainda maior redução dos custos dos depósitos" apesar da concorrência por empréstimos e empresas com melhores classificações deva continuar.

Além disso, o Banco Comercial Português tem com objectivo reduzir em mil milhões de euros, por ano, os activos não rentáveis (NPE). Algo que pretende realizar nos próximos três anos. "Outras imparidades do BCP incluem provisões para reestruturação de fundos. O BCP destaca que as outras perdas devem ser vistas em conjugação com outros ganhos, onde qualquer ganhos provenientes do imobiliário estão registado", pode ler-se ainda na nota.


Grandes fundos boicotam emissão do BCP


Esta quarta-feira, o BCP vai realizar uma emissão de dívida no valor de 300 milhões de euros. E ontem várias gestoras de fundos de investimento (Attestor Capital, BlackRock, CQS, Pimco, River Birch Capital e York Capital) revelaram que não pretendiam participar nesta operação.

 

"Não vamos participar nesta emissão. Todos decidimos que os riscos associados a investir activamente em dívida pública ou privada de Portugal são proibitivos, já que o Banco de Portugal ainda não resolveu a retransmissão ilegal e discriminatória das obrigações do Novo Banco para o BES em 2015", indica o porta-voz de todas essas entidades em e-mail enviado às redacções.

 

A emissão do BCP foi noticiada na semana passada, quando anunciado que a instituição financeira iria realizar um "roadshow" no início desta semana. Segundo o que está previsto, a emissão está agendada para quarta-feira, 29 de Novembro. Em causa está a emissão de 300 milhões de euros em obrigações a 10 anos, passíveis de serem reembolsadas ao fim de cinco anos.

 

"Temos vontade de retomar as discussões com as autoridades portuguesas de forma a resolver rapidamente esta situação e de reestabelecer Portugal como um destino credível para investimento estrangeiro", continua a mesma fonte, que ressalva que a decisão de não investimento na emissão é individual de cada instituição, apesar da nota conjunta. O BCP não faz comentários ao Negócios sobre este comunicado. 

(Notícia actualizada às 09:56 com mais informação relativa à nota do JPMorgan)

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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