O interesse de vários grupos na próxima fase de privatização deverá continuar a suportar as acções da Portucel, apesar do seu comportamento estar mais dependente da evolução dos preços da pasta e do papel, considera a Ibersecurities/ActivoBank.

O presidente da Inapa [INA], Vasco Pessanha admitiu ontem o interesse em participar num consórcio para a privatização da Portucel [PTCL], adiantando que já foi contactado nesse sentido por vários grupos nacionais e estrangeiros, apesar de ainda não ter tomado uma posição definitiva sobre a matéria.

A Inapa poderá assim juntar-se a outros interessados neste processo de privatização, casos da Sonae e da sua parceira brasileira Suzano, das também brasileiras Votorantim e Aracruz, e da Cofina [COFI], «holding» nacional liderada por Paulo Fernandes».

«Acreditamos que este interesse fornece um suporte à cotação (da Portucel), embora tenda a ser mais importante a evolução dos preços da pasta e do papel» para a empresa liderada por Jorge Armindo, afirma a Ibersecurities/ActivoBank, numa nota datada de hoje.

O Governo vai alienar uma posição de 25% na Portucel através de concurso público, que ainda não tem data fixada, ficando os vencedores com uma opção de compra sobre mais 25% no espaço de três anos.

A corretora ibérica aponta uma recomendação de «compra» para as acções da Portucel, com um «preço alvo», a 12 meses, de 1,46 euros, que incorpora um potencial de valorização de 5,8% face à cotação actual da empresa.

As acções da Portucel seguiam inalteradas nos 1,38 euros.