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Ibersecurities descarta compra da S&P pela Mapfre devido ao endividamento

O Ibersecurities diz não ser provável que a Mapfre venha no curto prazo, a comprar a Seguros & Pensões (S&P), unidade seguradora do BCP, dado estar a concorrer à privatização da espanhola Musini com recurso ao endividamento.

12 de Maio de 2003 às 12:48
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O Ibersecurities diz não ser provável que a Mapfre venha no curto prazo, a comprar a Seguros & Pensões (S&P), unidade seguradora do BCP, dado estar a concorrer à privatização da espanhola Musini com recurso ao endividamento.

Na semana transacta, o Jornal de Negócios avançou que a Mapfre e os franceses da CNP Assurances eram as entidades melhor colocadas para negociar a compra, parcial ou total, da Seguros & Pensões (S&P) ao BCP.

No final da semana, a seguradora espanhola veio ao mercado dizer, em comunicado, que está a analisar oportunidades de aquisição no mercado português, mas avançando que a S&P não estaria no topo das suas preferências.

Segundo informação da corretora espanhola, a S&P tem uma quota de mercado de 20% em Portugal, tendo em 2002 obtido um resultado negativo de 94 milhões de euros. A Ibersecurities, com base na operação de compra da Eureko, avalia a S&P em 341 milhões de euros.

A S&P, cuja compra pelo Banco Comercial Português (BCP) [BCP] à Eureko ficou concluída em Março, engloba a Império Bonança, a Ocidental, a Seguro Directo, a ICI e a Médis.

Na altura da apresentação das contas trimestres, a Mapfre reiterou o interesse de crescer em Portugal, onde conta com uma quota de mercado de 1,6%, através de aquisições ou de alianças.

No entanto, actualmente a Mapfre está a concorrer à privatização da Musini, com as propostas a terem de ser entregues até 15 de Maio, ou seja, na quinta-feira. O valor da Musini oscila entre os 256 a 300 milhões de euros, com a empresa a ponderar a alienação em duas tranches distintas: a unidade vida e não vida.

Aumento do endividamento da Mapfre impede compra da S&P

Para a Ibersecurities, a Mapfre deverá concorrer à compra da parte não vida, «sendo a que mais se encaixa estrategicamente com a empresa» o que, a acontecer, será feito com recurso à dívida, o que elevaria o rácio da dívida sobre os capitais próprios dos actuais 9% para 22%, «o que nos parece razoável».

De acordo com a casa espanhola, «não parece provável que a Mapfre venha a comprometer novos investimentos até conhecer o resultado do concurso pelo que descartamos, de momento, qualquer compra em Portugal».

O «Diário Económico» avançava hoje que o interesse da Mapfre na S&P pode resumir-se a uma ou duas unidades do grupo e não à S&P no seu todo. O periódico realçava que a compra poderá recair sobre ou a Império Bonança ou sobre a Oriental.

A execução de ambas as operações, agravaria o rácio da dívida sobre os capitais próprios de 9% para 45%, «o que nos parece ser demasiado elevado».

As acções do BCP negociavam em subida de 0,71% para 1,41 euros, e em Espanha, as acções da Mapfre valorizavam 1,83% para 8,90 euros.

A corretora espanhola tem uma recomendação de «comprar» para a Mapfre, e um preço alvo de 8,50 euros.

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