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Haitong: Retalhistas são as mais afectadas pelo Orçamento

O sector do retalho alimentar irá ser afectado pelo imposto sobre os refrigerantes e pelo aumento dos impostos sobre o património. Ainda assim, o impacto será limitado.

Sara Matos
17 de Outubro de 2016 às 09:50
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O Governo divulgou na última sexta-feira um Orçamento que, na opinião do Haitong, não trouxe grandes surpresas face ao que já tinha sido avançado pela Comunicação Social. As retalhistas são, porém, as cotadas mais afectadas pelas medidas propostas pelo Executivo lidera por António Costa para o próximo ano.


As empresas do sector do retalho alimentar são, para os analistas do Haitong, as mais afectadas pelo Orçamento do Estado para 2017. Isto porque "terão que pagar o imposto sobre o património e podem também ser afectadas pela redução de vendas dos refrigerantes", escreve a equipa de "research" do Haitong num comentário ao documento apresentado no final da semana passada pelo Governo.


Uma das medidas propostas pelo Executivo é o chamado "fat tax", um imposto sobre os refrigerantes. O imposto será de 8,22 cêntimos por litro para bebidas com menos de 80 gramas de açúcar e de 16,46 cêntimos para as bebidas com 80 ou mais gramas de açúcar. Estes produtos têm IVA a 23% que incide após a contabilização do Imposto sobre Bebidas.


Por outro lado, os grandes grupos empresariais dos sectores do comércio e dos serviços serão dos principais destinatários do novo imposto sobre o património. O Haitong refere que não espera que qualquer uma das medidas tenha grande impacto nos resultados do sector, "na medida em que até a Sonae, que ainda detém perto de mil milhões em propriedades de retalho, estimamos que o impacto de um novo imposto imobiliário deverá ser de dois milhões de euros, cerca de 1% das suas estimativas de resultados para 2017".


Em termos gerais, os analistas realçam que o Governo precisa do apoio dos partidos de esquerda e, por outro lado, precisa cumprir as metas do défice. Assim, "a muito necessitada diminuição do peso do Estado na economia não acontece e o crescimento do PIB é provável que permaneça fraco, tornando mais difícil atrair investimento estrangeiro".


O Haitong destaca ainda que não acredita que a DBRS irá descer o "rating" de Portugal na próxima sexta-feira. Mas, esta avaliação "tem sido uma fonte de maior preocupação entre os investidores".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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