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Haitong eleva avaliação da Mota-Engil em 25%. Acções com potencial de queda de 6%
O Haitong está “mais positivo” para a Mota-Engil, com África em destaque. Ainda assim, os eventos positivos já estão descontados na acção. O banco de investimento aumentou o preço-alvo, que ainda assim confere às acções um potencial de queda superior a 6%.
"A nossa avaliação passa de 2 euros por acção para 2,5 euros", com a recomendação a ser mantida em "neutral", pode ler-se numa nota de análise a que o Negócios teve acesso. A nova avaliação confere, ainda assim, um potencial de queda de 6,33% face à actual cotação (2,669 euros).
"A razão para mais optimismo está relacionada com África, onde as perspectivas parecem estar a melhorar com base nos preços mais altos das ‘commodities’, especialmente do carvão", adianta o analista Nuno Estácio, que assina a nota de análise.
"Pensamos que a história africana da Mota-Engil é muito atraente, já que a empresa é um ‘player’ chave na região, com um potencial enorme na construção de infraestruturas", adianta a mesma fonte.
O banco de investimento acredita que a Mota-Engil, liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto), "pode está prestes a regressar a um crescimento [em África], impulsionada pelo contrato na Tanzânia", no montante de 500 milhões de dólares.
Há também a possibilidade de em Portugal a construtora voltar a dar cartas, com a potencial construção de um novo aeroporto, bem como expectativa de investimentos ferroviários.
Estas são perspectivas positivas que o Haitong acredita que já estão "descontadas" no preço das acções, uma vez que a Mota-Engil tem tido um forte desempenho em bolsa.
"Se a empresa conseguir reduzir a dívida de forma orgânica, ao mesmo tempo que acelera o seu crescimento em África, então ponderaríamos tornar-nos mais positivos" no que respeita à Mota-Engil.
As acções da Mota-Engil estão a descer 0,41% para 2,669 euros, no dia em que está a descontar o dividendo referente ao exercício de 2016. A construtora vai pagar 13 cêntimos por acção. Não fosse este ajuste técnico e as acções estariam a subir mais de 1%.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.