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Haitong corta avaliação da Nos e afasta nova guerra de conteúdos

A recomendação continua a ser de "comprar", dado que o potencial de valorização das acções é de 30%. O banco diz-se desiludido pelo facto de Nos não ter actualizado a sua estratégia ao mercado.

Miguel Almeida vai entrar numa guerra de conteúdos? O Haitong acha que não Miguel Baltazar/Negócios
23 de Junho de 2017 às 10:47
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O Haitong reviu em baixa o preço-alvo da Nos, de 7,6 euros para 7,1 euros, mantendo a recomendação de "comprar".

 

Numa nota de "research" publicada esta sexta-feira, 23 de Junho, o banco de investimento justifica o corte na avaliação com a revisão da estimativa para o "capex" (investimento operacional) ao longo dos próximos três anos.

 

O Haitong acredita que é esta expectativa mais elevada de investimento que tem penalizado as acções da Nos, que desde o início do ano apresentam um desempenho 17% inferior ao PSI-20.

 

Mas não só. Para o banco de investimento, a decisão da Nos de não fornecer ao mercado uma actualização da sua estratégia também penalizou as acções e o sentimento dos investidores com a empresa.

 

Para o banco de investimento, não existem motivos fundamentais que justifiquem o desempenho, sendo que o mercado já terá digerido as expectativas de "capex" mais elevado.     

 

Apesar do corte no preço-alvo, o Haitong tem uma visão optimista para a Nos, mostrando "confiança total na melhoria do ‘cash flow’ e no potencial do dividendo".

 

"Vemos que o ambiente concorrencial está a estabilizar, a actividade económica é sólida e a Nos, com uma exposição a 100% ao mercado doméstico, também deve beneficiar com o prémio de risco mais baixo", refere o "research".

 

O Haitong vê riscos limitados de ressurgir uma nova guerra de conteúdos, tal como aconteceu com os direitos pela transmissão de jogos de futebol.

 

Têm sido recorrentes as notícias de que a Altice poderá avançar para a compra da Media Capital ou outro activo de media em Portugal, um movimento ao qual a Nos deveria responder.

 

"Pensamos que não faz qualquer sentido reiniciar a disputa por conteúdos em Portugal, sobretudo quando há uma recuperação do mercado", refere o analista Nuno Matias. Assim, "estamos tranquilos com os riscos relacionados com este assunto e descartamos qualquer possibilidade de a Nos efectuar um movimento preventivo como aconteceu nos direitos de futebol".

 

As acções da Nos caem 0,11% para 5,469 euros.

  

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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