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PSI-20 em mínimos de duas semanas com BCP e CTT a cair mais de 1%
A bolsa nacional, em queda pela quarta sessão consecutiva, acompanha o pessimismo das principais praças europeias. Só duas cotadas negoceiam com sinal positivo.
A bolsa nacional está a negociar em queda esta sexta-feira, 23 de Junho, pela quarta sessão consecutiva, com o PSI-20 a descer 0,56% para 5.215,70 pontos, o valor mais baixo desde 8 de Junho. Das 19 cotadas que formam o principal índice nacional, 15 estão em queda, duas em alta e duas inalteradas.
Lisboa e Madrid são as praças que mais desvalorizam, numa sessão marcada por quedas ligeiras na Europa. Esta evolução acontece depois de, esta manhã, ter sido revelado que a actividade económica na Zona Euro desacelerou o seu crescimento em Junho, à custa do abrandamento do sector dos serviços.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,17% para 387,86 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas da indústria alimentar. As empresas da energia também contribuem para a descida, continuando a reflectir os baixos preços do petróleo, apesar da ligeira recuperação que se regista esta sexta-feira.
Por cá, o BCP e os CTT são as cotadas que mais penalizam o PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado cai 1,35% para 23,33 cêntimos, depois de ter chegado a desvalorizar mais de 3% na sessão de ontem, penalizado pela queda em bolsa do seu principal accionista - os chineses da Fosun, perante investigações dos reguladores ao crédito concedido às empresas em forte expansão internacional.
Já os CTT recuam 1,37% para 5,531 euros.
A contribuir para a queda do índice nacional estão ainda a Sonae, com uma descida de 1,68% para 93,8 cêntimos, e a Galp Energia, com uma desvalorização de 0,5% para 13,04 euros.
Ainda na energia, a EDP recua 0,43% para 2,985 euros, a EDP Renováveis cai 0,27% para 6,991 euros e a REN perde 0,99% para 2,813 euros.
Do lado dos ganhos estão apenas a Nos e a Corticeira Amorim. A empresa liderada por António Rios de Amorim valoriza 0,42% para 13,125 euros enquanto operadora soma 0,33% para 5,493 euros. Isto apesar de o Haitong ter revisto em baixa o preço-alvo da Nos, de 7,6 euros para 7,1 euros, mantendo a recomendação de "comprar".
Numa nota de "research" publicada esta sexta-feira, 23 de Junho, o banco de investimento justifica o corte na avaliação com a revisão da estimativa para o "capex" (investimento operacional) ao longo dos próximos três anos.