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Galp é uma das petrolíferas europeias preferidas da Bernstein  

Na lista das petrolíferas europeias preferidas da Bernstein, a Galp Energia está em terceiro lugar, com um potencial de valorização superior a 50%

02 de Janeiro de 2019 às 13:07
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A Bernstein tem uma visão otimista para as principais petrolíferas europeias em 2019 e coloca a Galp Energia entre uma das três preferidas no setor.

 

Numa nota de research publicada esta quarta-feira, 2 de Janeiro, a que o Negócios teve acesso, o banco de investimento assinala que as petrolíferas europeias integradas (produção e refinação) deverão atingir este ano o "free cash-flow" mais elevado da última década.

 

Segundo a Bernstein, o "free cash-flow" deverá atingir 77 mil milhões de dólares, acima do recorde de 75 mil milhões de dólares de 2018 e bem acima dos 39 mil milhões de dólares que deverão pagar em dividendos.

 

Este é um dos fatores que justifica o otimismo do banco de investimento para o setor petrolífero. O aumento da produção petrolífera (estimativa de crescimento de 6% em 2019), o volume limitado de capex (estimativa de 81 mil milhões de dólares), a melhoria dos resultados (o lucro por ação deverá crescer 11%) e as avaliações atrativas (a relação entre a cotação e o "cash flow" por ação está 26% abaixo da média) são os outros fatores que levam a Bernstein a recomendar a aposta nas petrolíferas europeias.

 

Entre as cotadas do setor que a Bernstein acompanha, os preço-alvos definidos apontam para uma valorização média de 36% em 2019, isto sem ter em conta o dividendo a pagar.

 

Mas as previsões não são iguais para todas as petrolíferas, sendo que a Bernstein definiu três "top-picks". A preferida é a BP, que com um preço-alvo de 700 dólares oferece um potencial de valorização de 39%. A Shell é a segunda preferida, com um preço-alvo que incorpora um potencial de valorização de 46%.

 

Em terceiro (e último) lugar na lista das top-picks da Bernstein está a Galp Energia. O banco avalia as ações da petrolífera portuguesa em 21 euros, o que traduz um potencial de valorização de 54%.

 

A Bernstein estima que a Galp Energia vai aumentar a produção petrolífera em 20%, com os poços de Iara, Lula e Kaombo a impulsionarem o crescimento. Nesta unidade de "upstream" o EBITDA deverá aumentar 19% apesar da desvalorização do barril de Brent, enquanto no "downstream" o EBITDA deverá crescer 7% devido à atividade da refinaria de Sines.  

 

No global o lucro por ação da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva deverá aumentar 4% este ano, com o "cash flow" operacional a atingir 2 mil milhões de dólares, o que depois de descontado o "capex" (investimento operacional) de mil milhões de euros, deixa a rendibilidade do "free cash flow" em 9%.

 

 

 

Nas estimativas inseridas na nota de research publicada quarta-feira, a Bernstein assume vários pressupostos. Um deles é que a cotação do petróleo vai recuperar em 2019, devido aos cortes de produção já anunciados pela OPEP e parceiros (OPEP+).

 

O banco de investimento vê como realista um preço médio do Brent de 70 dólares por barril entre 2019 e 2021, com esta perspetiva a ser suportada "pelo crescimento normal da procura, alterações nos stocks, subidas marginais nos custos de produção e cooperação demonstrada pelos membros da OPEP+.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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