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Goldman diz que Galp está cara face ao setor e tem dividendo baixo. Ações deslizam

As perspetivas para o futuro da Galp não se alteraram, mas a empresa não tem indicadores tão atrativos como as pares, aponta o Goldman Sachs, que recomenda aos investidores "vender" as ações.

Galp Energia
João Santos
02 de Agosto de 2019 às 15:26
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O Goldman Sachs  baixou a recomendação da Galp de "neutral" para "vender" e, após divulgado este veredicto, os títulos da petrolífera também se movem no sentido descendente: já chegaram a perder mais de 5%. A casa de investimento não prevê diferenças significativas nas perspetivas da Galp, mas muda a posição em relação à cotada ao comparar o desempenho com o das pares do setor.

"Baixamos a recomendação da Galp de neutral para vender com base na avaliação cara em relação ao setor" lê-se na nota de research emitida pelo Goldman Sachs, com data de 1 de agosto.  O banco escreve que a petrolífera portuguesa estará a cotar com um prémio de 40% em relação às pares no que toca ao rácio de preço em relação aos resultados (PER).

De acordo com a análise desta casa de investimento, o preço-alvo que estimam para a Galp dá uma margem de subida de cerca de 28%, abaixo da maioria das concorrentes, que em média têm um potencial de valorização de 40%.  

Outro argumento avançado pelo banco é que "a Galp paga a taxa de dividendo mais baixa entre as pares europeias e não oferece recompras de ações adicionais". A taxa de dividendo ("dividend yield") da Galp está nos 5,1%, contra os 6% que caracterizam as restantes petrolíferas.

"Não vemos mudanças substanciais para a empresa no curto-prazo e mantemos a nossa visão acerca de perspetivas melhoradas para o segundo semestre de 2019, com uma aceleração do crescimento da produção e margens de refinação melhoradas", ressalvam os analistas do Goldman. Contudo, face ao exposto, veem "oportunidades de investimento mais atrativas fora da Galp", concluem.

A Galp segue a perder 3,32% para os 13,55 euros, contando a segunda sessão no vermelho. A petrolífera já chegou a tocar nos 13,29 euros, na sequência de uma quebra de 5,17%, recuando a um mínimo de 8 de julho.

Nos mercados da matéria-prima, o barril em Londres valoriza fortemente – 3,59% para os 62,67 dólares -, encetando um movimento de recuperação após as quebras do dia anterior, que chegaram aos 8%. As cotações de petróleo afundaram na sequência das ameaças de Trump, que prometeu aplicar novas tarifas comerciais à China, de 10%, a partir de 1 de setembro. A China já prometeu retaliar.

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