"A ENI concluiu a alienação, através de vendas diárias em bolsa, de aproximadamente 1% do capital da Galp Energia, correspondente à posição residual sujeita ao direito de primeira oferta da Amorim Energia no acordo anteriormente revelado ao mercado, que não foi exercido por esta", refere a empresa em comunicado publicado no seu site.

As vendas de acções foram realizadas entre 5 de Maio e 18 de Junho, pelo valor total de 107 milhões de euros. A liquidação das operações foi concluída esta segunda-feira.

Depois desta venda, a ENI detém 66.337.592 acções ordinárias correspondentes a 8% do capital social da Galp como activo subjacente das obrigações permutáveis no montante de 1.028 milhões de euros emitidas em 30 de Novembro de 2012 e com maturidade em 30 de Novembro de 2015.

Os analistas do BESI consideram esta notícia "positiva" para a empresa liderada por Ferreira de Oliveira, "pois coloca um fim ao risco de excesso de acções no mercado pelo menos até ao fim da maturidade das obrigações convertíveis".

Os mesmos especialistas frisam que esta "alienação não é uma surpresa para os investidores pois a ENI já tinha assinalado que queria sair da Galp".

"Durante o período em que a ENI vendeu as suas acções no mercado, a Galp teve um forte desempenho (subiu 9% face ao ganho de 5% do sector na Europa), pois acreditamos que o ‘accelerated bookbuilding’ da ENI permitiu aos investidores estarem completamente focados no crescimento da produção líder no sector da Galp e na exploração e potencial de avaliação", referem os analistas Filipe Rosa e Madalena Carmona e Costa.

O BESI avalia as acções da empresa portuguesa em 14,7 euros e recomenda "comprar". O título segue a desvalorizar 0,51% para os 13,57 euros.