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CaixaBI sobe avaliação da Altri para 5,90 euros

A casa de investimento da Geral de Depósitos, o CaixaBI, reviu em alta o preço-alvo e a avaliação da Altri na sequência dos resultados do terceiro trimestre de 2015. A empresa mais do que triplicou o resultado líquido.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Novembro de 2015 às 10:53
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Segundo a nota de investimento a que o Negócios teve acesso, o CaixaBI reviu em alta a avaliação da Altri, com uma recomendação de "comprar" e um preço-alvo de 5,90 euros, o que confere às acções um potencial de valorização de 23,17% tendo em consideração o valor actual das acções. A cotada soma esta sexta-feira 0,38% para 4,79 euros. A anterior avaliação era de 4,10 euros.

"Acreditamos que a empresa vai continuar a conseguir a reduzir dívida e a aumentar os resultados para os accionistas", escreve a casa de investimento na nota de análise em questão, salientando que a papeleira tem uma reduzida necessidade de CAPEX e foi capaz de reduzir a dívida líquida em 400 milhões de euros desde o terceiro trimestre de 2009 – onde registou valores recorde - até ao terceiro trimestre de 2015.

No entanto, ressalva este research, "no médio longo prazo, a gestão terá de facultar oportunidades de crescimento com vista a sustentar o desempenho positivo em bolsa".

Os analistas Carlos Jesus e Artur Amaro referem nesta nota que não é esperado que "o abrandamento da economia chinesa tenha um impacto significativo na procura de madeira no país, à medida que os padrões de consumo se vão alterando". Por outro lado, "a procura mundial de pasta de madeira aumentou quase 40% em 2005-2014". Assim sendo, um "aumento da procura de 'tissue' deve providenciar um amplo suporte para a pasta de madeira, nomeadamente de eucalipto".

Por outro lado, as "divergências" entre as políticas monetárias do Banco Central Europeu e da Reserva Federal norte-americana conduziram a "um euro mais fraco e a um dólar mais forte, que acreditamos deverá continuar a ser a norma em 2016, com implicações positivas para as margens operacionais da Altri".

"Acreditámos que a companhia geraria dinheiro e usaria esse dinheiro para reduzir a dívida. O que falhámos em antecipar foi a rapidez deste processo", escrevem os analistas, salientado que este foi um ano "singular" ao nível dos preços da matéria-prima e do valor da divisa norte-americana.

Por fim, Carlos Jesus e Artur Amaro deixam uma recomendação: "Acreditamos que a gestão deveria começar a considerar uma melhoria na sua política de dividendos no curto prazo, mas mantendo em mente as oportunidades de crescimento que devem ser perseguidas no médio-longo prazo".

A Altri registou nos primeiros nove meses deste ano um resultado líquido de 84,7 milhões de euros, mais 270% do que os 22,9 milhões registados no mesmo período do ano passado, anunciou o grupo em comunicado a 30 de Outubro.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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