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CaixaBI sobe preço-alvo da JM em mais de um euro

A unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos subiu em mais de um euro o preço-alvo da Jerónimo Martins. Subida surge depois da apresentação de resultados. A recomendação mantém-se em acumular.

Miguel Baltazar
22 de Novembro de 2016 às 08:00
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A unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos, o CaixaBI, decidiu subir o preço-alvo da retalhista Jerónimo Martins depois da apresentação dos resultados trimestrais. Numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, o banco de investimento subiu o preço-alvo para 16,30 euros quando, anteriormente, estava nos 15,20 euros.

A cotada terminou a sessão desta segunda-feira, 21 de Novembro, a recuar 0,37% para 14,83 euros. O que significa que, face a esta cotação de fecho, a retalhista tem um potencial de valorização de 9,91%.

O analista André Rodrigues, que assina a nota, mantém a recomendação em acumular.


A 21 de Outubro, a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos revelou ao mercado que nos primeiros nove meses do ano registou um crescimento de 98,9% dos resultados líquidos. Números impulsionados pela venda do ramo industrial da Jerónimo Martins. Sem extraordinários, os lucros subiram 12%.

A companhia Jerónimo Martins, que alienou por 310 milhões de euros a Monterroio – Industry & Investments BV (onde agrupava a área industrial, de restauração, marketing e representação de marcas) no terceiro trimestre do ano ao seu maior accionista, a Sociedade Francisco Manuel dos Santos (dona de 56,1% do capital da JM SGPS e controlada pela família Soares dos Santos), fez uma mais-valia de 224 milhões de euros.


Com esta operação, os resultados líquido do grupo duplicaram para 501,6 milhões de euros. Sem o efeito desta operação, adiantou na altura a empresa em comunicado à CMVM, os lucros registaram um crescimento de 12%, para 266,5 milhões de euros.


Na nota de análise, o CaixaBI sustenta que "as acções da JM caíram cerca de 8,4% desde a apresentação de resultados do terceiro trimestre, um movimento relacionado com o forte desempenho da acção nos meses anteriores".


O analista conclui dizendo que "reiteramos uma visão positiva para a Jerónimo Martins e para a sua capacidade de manter um sólido desempenho nas vendas e na rentabilidade".

Poucos dias após a apresentação dos números da cotada, os analistas já tinham apontado que os resultados da firma não tinham surpresas. A 24 de Outubro, os analistas do Haitong referiram que a Jerónimo Martins apresentou um novo conjunto de resultados "sólidos" no terceiro trimestre, destacando as receitas da Biedronka e o capital líquido. O crescimento de 7% do EBITDA ficou "em linha com as estimativas" do Haitong, com "as fortes vendas em todas as geografias a serem ofuscadas pelas baixas margens em Portugal", destacaram.

 

O Haitong sublinhava que, depois do forte desempenho bolsista desde meados de Setembro, as acções não deverão ter uma reacção muito expressiva em bolsa. "Ajustámos os nossos números [depois da apresentação dos resultados dos primeiros nove meses], mas o impacto nos lucros e na avaliação parece nulo", dizem os analistas do Haitong, que mantiveram a recomendação de "neutral" e o preço-alvo de 16,70 euros.

No que diz respeito à rentabilidade, os analistas do BPI José Rito e Bruno Bessa realçaram na altura o facto de as margens da retalhista terem ficado 10 pontos base acima da estimativa na Polónia, enquanto no mercado nacional estas margens ficaram 50 pontos base aquém das previsões.

 

No final das contas, "o resultado líquido ficou 10 milhões de euros abaixo das nossas estimativas no terceiro trimestre", acrescentam os mesmos analistas.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 

 

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