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CaixaBank BPI sobe avaliação dos CTT em 20% com melhoria dos resultados

Os analistas do banco justificam a melhora na avaliação dos títulos com as perspetivas mais favoráveis para os resutados, depois dos números do quarto trimestre terem confirmado "a tendência de recuperação".

O presidente dos CTT, João Bento, defende que é preciso “reinventar a natureza do serviço público”.
Hugo Rainho
25 de Março de 2021 às 09:25
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O CaixaBank BPI subiu o preço-alvo das ações dos CTT em 20%, de 2,90 euros para 3,50 euros, mas baixou a recomendação de "comprar" para "neutral" devido à subida recente das cotações e à incerteza relacionada com a renegociação do contrato de concessão do serviço postal universal.

 

As ações dos CTT sobem 0,31% para 3,23 euros e acumulam uma valorização de 37% em 2021. O novo preço-alvo incorpora um potencial de valorização de 8%.

 

Numa nota de research a que o Negócios teve acesso os analistas do banco justificam a melhora na avaliação dos títulos com as perspetivas mais favoráveis para os resutados, depois dos números do quarto trimestre terem confirmado "a tendência de recuperação", suportados por um "forte desempenho" da divisão de encomendas (E&P).

 

Para 2021 os CTT estima um carecimento de dois dígitos no EBITDA, com o desempenho do comércio eletrónico, Banco CTT e outras unidades a compensarem o baixo crescimento nas receitas do serviço de correio.

 

O CaixaBank BPI justifica a revisão em alta do preço-alvo com a melhoria de 12% que efetuou nas previsões para o EBITDA da companhia para o período 2021-2030, com o cenário mais otimista para o E&P (+73%) a mais do que compensar o corte de 2% efetuado no EBITDA da unidade de correios.

 

Em 2025 a divisão de entrega de encomendas já deverá representar cerca de 30% do EBITDA dos CTT (sem ter em conta o Banco CTT).

 

O CaixaBank BPI destaca que as ações dos CTT dispararam 28% no último mês, um desempenho que supera o setor em 22%. E alerta que contrato de concessão do serviço postal universal, que está a ser renegociado, vai definir o futuro da unidade de entrega de correio da companhia, pelo que terá implicações na avaliação da empresa.

 

O contrato de concessão do serviço postal universal (SPU) dos CTT, que estava previsto terminar no final de 2020, foi prorrogado por um ano, até 31 de dezembro de 2021. O Governo criou um grupo de trabalho para "proceder à análise da evolução" do SPU, cujas conclusões devem ser entregues até abril, segundo despacho do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.

 

"O resultado imprevisível desta decisão política, em conjunto com o potencial de valorização limitado da nossa avaliação explicam o corte da recomendação de ‘comprar’ para ‘neutral’", referem os analistas.

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